Pré-candidatos de PDT e Progressistas falam sobre aliança histórica entre os partidos em Camaquã
Renato Nogueira e Marcos Maranata participaram do Bom Dia Camaquã desta quarta-feira (24) e falaram sobre a construção de um projeto para Camaquã
O Partido Democrático Trabalhista (PDT) e o Progressistas firmaram uma aliança histórica para 2024 em Camaquã. Os dois partidos nunca estiveram formalmente do mesmo lado em uma eleição no município. Os pré-candidatos Renato Nogueira (PDT) e Marcos Maranata (Progressistas) participaram do programa Bom Dia Camaquã desta quarta-feira (24) e falaram sobre a construção de um projeto alternativo para o município.
Aliança histórica
A aliança entre os dois partidos é considerada histórica pela relação de divergência durante anos, antes do PSDB, através do atual prefeito Ivo de Lima Ferreira, assumir a Prefeitura de Camaquã em 2017. Nogueira explica que quando os dois partidos passaram a integrar a oposição, naturalmente foram se aproximando.
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O pré-candidato dos trabalhistas enfatiza que a aliança está sendo construída em cima de um discurso já existente e não o contrário. Marcos Maranata concorda e lembra que é preciso trabalhar com os eleitores mais antigos para que entendam essa aliança como algo benéfico para o município.
Sobre as divergências ideológicas, entre direita e esquerda, Nogueira salienta que os partidos preferem não trazer o tema para o ambiente municipal. A coligação entre PDT e Progressistas não é a única com partidos dos dois lados do espectro. Em Camaquã, a chapa encabeçada por PSDB conta com União Brasil, MDB, Republicanos e PSB, que está ideologicamente mais à esquerda que os demais.
A questão municipal está acima das ideologias em ambas as chapas.
O PT é o único partido da oposição que deixa claro não querer fazer parte de coligações que incluam Progressistas, PL ou PSDB. Em sua fala, Renato Nogueira questiona o motivo e traz dados sobre outros municípios em que o PT tem coligações com partidos mais distantes no espectro político.
O PSD, da ex-prefeita de Cristal e suplente de deputada federal, Fábia Richter, deve integrar a aliança, assim como o Podemos, antigo partido de Marcos Maranata. O PL também é uma possibilidade, conforme dito por ambos.
Quem será o vice de quem?
Quando questionados sobre quem seria o vice, os dois pré-candidatos responderam da mesma forma: novas reuniões devem ser realizadas nas próximas semanas para que a chapa seja enfim definida.
Há previsão, segundo Nogueira, que o anuncio seja feito até o final de maio.
Provocações
Em uma edição passada do Controle Geral, o prefeito Ivo de Lima Ferreira (PSDB) fez algumas críticas ao então recém filiado ao Progressistas, Marcos Maranata. O atual chefe do Executivo chegou a chamar o empresário de “boi de piranha para fazer legenda para os vereadores”, conforme matéria já publicada no Clic Camaquã.
Nesta manhã, Maranata teve a oportunidade de responder. Segundo o pré-candidato, não há nenhum problema pessoal com o atual prefeito, apenas divergências que “fazem parte do processo”.
Quanto a ter sido chamado de “boi de piranha” e a fala do atual prefeito dizendo que a oposição não faria mais de 4 mil votos na próxima eleição, Maranata responde: “Levo isso como um desafio”.
De acordo com o pré-candidato, o Progressistas tem aproximadamente 7 mil filiados em Camaquã e, para que se cumprisse o que disse o atual prefeito, ao menos 3 mil teriam que votar contra o próprio partido.
Renato Nogueira complementa dizendo que “política é uma construção”. Segundo o pré-candidato trabalhista, o discurso do atual prefeito é uma tentativa de dissuadir uma união, menosprezando outro partido.
Os pré-candidatos a prefeito e vice pelo PSDB, Abner Dillmann e Luciano Cabela, participaram do programa Bom Dia Camaquã no dia 9 de abril e também falaram sobre suas expectativas para 2024.
Assista a entrevista completa dos pré-candidatos de PDT e Progressistas:
Texto: Pablo Bierhals