Polícia prende casal acusado de matar taxista camaquense Werno Peglow
Homem de 28 anos, morador da Getúlio Vargas, e uma mulher de 31 anos, moradora do Loteamento das Flores, confessaram o homicídio de Werno Peglow, de 66 anos
Um casal acusado de matar o taxista camaquense Werno Peglow foi preso pela Polícia Civil na manhã desta segunda-feira, 15 de agosto. A “Operação Emboscada”, nomeada em virtude da forma com que o taxista foi atraído pelos bandidos, teve três mandados que resultaram na prisão de um homem de 28 anos, morador da Getúlio Vargas, e uma mulher de 31 anos, moradora do Loteamento das Flores.
De acordo com a delegada Vivian Sander Duarte, resposável pela DP Camaquã e pela investigação do crime, eles confessaram o homicídio de Werno Peglow, de 66 anos, morto no dia 22 de junho. De acordo com o relato da delegada, Werno tinha conhecimento de crimes cometidos pela dupla e por isso, acabou sendo morto em uma possível “queima de arquivo”.
O homem e a mulher tiveram participação no assassinato e foram identificados após a obtenção de uma “prova irrefutável” do crime, que está sob posse do Setor de Investigação da DP Camaquã, mas não foi divulgada para não interferir no andamento da investigação, que ainda busca identificar um possível mandante do crime.
A Polícia Civil realizou coletiva de imprensa na manhã desta segunda-feira (15), que foi acompanhada pela reportagem do Clic Camaquã e da ClicRádio. Nela, a delegada destacou que o trabalho da investigação foi ininterrupto desde o momento do crime: “Viemos investigando o crime de forma incansável, sem parar sequer um dia”, destacou a delegada Vivian.
Na operação realizada nesta manhã, os autores foram identificados, localizados e levados para a Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA). Frente às provas, eles confessaram o envolvimento no crime.
Participaram 15 agentes em quatro viaturas, coordenados pela delegada Vivian Sander Duarte, com apoio da Decrab Camaquã e da DP de Tapes. Eles investigaram três residências dos bairros Getúlio Vargas, São Luis e Loteamento das Flores.
O homem foi preso na casa da mãe, no bairro Getúlio Vargas. A mulher foi detida no Loteamento das Flores, onde residia. O homem foi encaminhado para o Presídio de Camaquã e a mulher, para a Penitenciária de Guaíba.
Durante a investigação, a delegada ressalta a importância da colaboração da comunidade, que trouxe informações essenciais para o andamento dos trabalhos. Ela destacou ainda que tanto neste quanto em outros casos, a Polícia Civil sempre dispobiliza o telefone 197 e o WhatsApp (51) 98416-8027 para qualquer tipo de denúncia, garantindo a total preservação da identificação do denunciante.
O crime
A investigação aponta que o crime foi planejado pelo casal, que acionou o taxista e iniciou a corrida junto ao Trevo Norte, no Posto SIM. Eles passaram pelo Centro de Camaquã e depois se dirigiram ao local do crime, em uma estrada que liga o Banhado do Colégio à cidade de Camaquã, cerca de 2km da BR-116, próximo a sede da Associação dos Usuários do Perímetro de Irrigação do Arroio Duro (AUD).
O carro e o corpo foram carbonizados com o auxílio de dois galões de gasolina, que estavam sob posse dos autores do crime.
Populares acionaram a Brigada Militar e o Corpo de Bombeiros por volta das 15:30 do dia 22 de junho, informando a localização de um veículo em chamas. O veículo sedan foi encontrado completamente consumido pelas chamas, junto com o corpo do taxista.
No final da tarde, a Polícia Civil confirmou que o veículo pertencia a Werno Peglow, conhecido há anos por trabalhar no “ponto da Lebes”, localizado no cruzamento da avenida Presidente Vargas com a rua General Zeca Netto, no Centro de Camaquã.
A identificação
Exatamente um mês após um crime que chocou a comunidade camaquense, o exame realizado pelo Instituto Médico Legal (IML) confirmou que o corpo encontrado carbonizado em um táxi no dia 22 de junho é do taxista Werno Peglow, de 66 anos.
Werno deixou a esposa, irmãos, filhos, sobrinhos, netos e demais familiares, que aguardavam há exatamente um mês por notícias do taxista, querido por toda a comunidade.
Assista a reportagem do Clic Camaquã:
