Pai e filha que se passavam por policiais para cometer crimes são presos em Tapes
Pai e filha foram indiciados por associação criminosa armada; membros da mesma quadrilha vestiam roupas da Polícia Civil para cometer assassinatos
A Polícia Civil realizou nesta semana a prisão de pai e filha, acusados de fazerem parte de uma quadrilha que se passava por agentes da Polícia para cometer crimes. A prisão aconteceu na cidade de Tapes.
Diante de inúmeros assassinatos ocorridos em Tapes e região, em que os criminosos utilizavam camisas e máscaras da Polícia Civil, foi instaurado Inquérito Policial pela Delegacia de Polícia de Tapes, visando identificar membros da quadrilha.
Durante as investigações, os Agentes descobriram uma empresa que confeccionou ao menos 15 camisas e 15 máscaras da PCRS.
Após, identificaram uma mulher que teria feito as encomendas, pelo menos em três ocasiões, e seria a responsável por repassar o vestuário aos integrantes da facção. Essa mulher, que já foi visitante de presidiário, é filha de outro investigado.
O pai dela foi alvo de de um mandado de busca e apreensão, de modo que os policiais encontraram vídeos dele manuseando duas pistolas e dezenas de munições.
Este indivíduo é alvo de outras investigações, suspeito de auxiliar assassinos, que vieram a Tapes para matar rivais.
No decorrer da apuração, os policiais encontraram mensagens de outros criminosos dando ordens aos subordinados para que se vestissem como policiais para executar os rivais.
O Delegado Luciano frisou que os investigados que foram identificados, que são pai e filha, foram indiciados por associação criminosa armada, com pena entre 03 e 06 anos, já que os crimes praticados pela quadrilha enquadram-se como hediondos.
Acrescentou que atenção especial foi dada a este caso, já que os policiais ficam em risco ainda maior ao participarem de operações, já que vários criminosos estão usando uniformes policiais, de forma indevida, em todo o Estado.
O Inquérito foi remetido para análise de Ministério Público e do Poder Judiciário, sendo que os indiciados responderão em liberdade.