Moradora da Getúlio Vargas é acusada de crueldade contra animais em Camaquã
Mesmo após denúncias e advertências da Polícia, os cães continuavam em acorrentamento em local insalubre, com pragas e sem abrigo da chuva
Uma moradora da Getúlio Vargas é acusada de crueldade contra animais em Camaquã. A ação ocorreu nesta quinta-feira, 22 de setembro, sendo coordenada pela Delegacia de Polícia de Camaquã.
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A Polícia Civil recebeu nova denúncia da ARCA (Associação Protetora aos Animais de Rua Camaquã) sobre a continuidade do crime de maus tratos ocorrido contra dois cães no Bairro Getúlio Vargas, em Camaquã.
De acordo com o relato da ARCA e com o que foi apurado pela investigação, os cães continuavam em acorrentamento em local insalubre, com pragas e sem abrigo da chuva.
Em verificação da situação no local, uma residência muito humilde, simples, entretanto no pátio havia muitos entulhos. Os cães estavam em um corredor ao lado da residência e acorrentados, sendo uma cadela de pelagem preta, magra, com diversos carrapatos pelo corpo, amarrada e abrigada dentro de uma casinha e também um cão de pelagem de cor amarela muito magro, em péssimo estado, molhado, com carrapatos pelas orelhas e corpo, amarrado a uma curta corrente e com um abrigo improvisado, onde aparentemente o animal não entrava.
No local também havia mais um filhote com o corpo coberto de carrapatos.
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Os cães foram recolhidos pela ARCA e encaminhados ao abrigo para atendimento veterinário.
A proprietária de um dos animais foi conduzida até a Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento, onde foi efetuado o registro de ocorrência de crueldade contra animais e liberada. O caso seguirá sob responsabilidade da Delegacia de Polícia de Camaquã.
Relato da ARCA
Voluntária da causa animal, Ivana de Paula relatou a situação através das redes sociais: “A canina preta teve cria no chão, sem casinha. Os filhotes, ainda em fase de amamentação, rolavam nas fezes da mãe. Outro cão [ficava] no corredor, atado em acorrentamento curto. Os animais infestados de carrapatos. E hoje (22/09) pela manhã, o cão estava na chuva, atado, e a preta só estava abrigada porque a Arca havia emprestado a casinha”
De acordo com informações obtidas pela reportagem do Clic Camaquã, a mulher já havia recebido várias “visitas” da Brigada Militar e da Polícia Civil em sua residência, localizada no bairro Getúlio Vargas. As visitas foram motivadas por denúncias de vizinhos, que acompanhavam a situação dos cachorros que ali estavam.
À reportagem, Ivana também relatou ter sido vítima de ameaça por parte da acusada:
“Fui alvo da ira da tutora, que bravejava pragas e ameaças contra mim, porém meu coração hoje ficou leve por saber que estas vidinhas já estão abrigadas e passarão por avaliação médica veterinária. Meu total apreço e respeito aos Policiais Civis e Militares, bem como as Delegadas Vivian e Georgia. A nossa parte na Arca é Defender os Animais, lutar por seus direitos, usando sempre da legalidade para que se cumpra através da justiça os Direitos que lhes pertence.”
No Facebook, Ivana publicou vídeos que mostram o momento do resgate dos animais e as condições em que eles se encontravam. Clique aqui e assista.
Ela ainda complementou: “Em nosso Município enquanto Protetores não vamos permitir maus tratos com animais. Nossa luta é por eles e para eles”, finalizou Ivana, que estará no programa Controle Geral deste sábado, 24 de setembro, trazendo relato sobre este e outros casos atendidos pela ARCA.