Morador de Morro Redondo é condenado por apologia ao terrorismo
Grupo foi monitorado após um alerta do FBI de que tinha planos de atentado durante os Jogos do Rio
Oito brasileiros foram condenados pela Justiça Federal do Paraná, na tarde desta quinta-feira, por fazerem parte de uma célula da organização terrorista Estado Islâmico (EI) no Brasil. Um deles é o gaúcho Israel Pedra Mesquita. O juiz Marcos Josegrei da Silva, da 14ª Vara Federal de Curitiba, que proferiu a sentença, assinalou que os acusados difundiam os ideais do EI e tinham planos de realizar um atentado durante os Jogos Olímpicos do Rio, em 2016. Eles foram presos em julho de 2016 durante as investigações da Operação Hashtag.
Mesquita, gaúcho de Morro Redondo, na zona Sul, foi condenado a seis anos e três meses de prisão por ligação com o Estado Islâmico. Os acusados foram enquadrados na Lei Antiterrorismo, sancionada pela ex-presidente Dilma Rousseff, em março de 2016, que considera crime “promover, constituir, integrar ou prestar auxílio, pessoalmente ou por interposta pessoa, a organização terrorista” e “realizar atos preparatórios de terrorismo com o propósito inequívoco de consumar tal delito”. O grupo chegou a treinar tiros e tentou comprar fuzis no Paraguai.
Conforme o Ministério Público Federal (MPF), o grupo foi descoberto a partir de um relatório do FBI americano. A partir desse documento, a Polícia Federal monitorou os envolvidos através de quebra de sigilo telefônico, rastreamento de redes sociais e acompanhamento de conversas trocadas em aplicativos de comunicação.
A operação Hashtag foi deflagrada pela primeira vez em 21 de julho de 2016. Nas três primeiras fases, 15 pessoas foram presas em nove estados brasileiros e encaminhadas à Penitenciária Federal de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul.
Os condenados foram:
1. Leonid El Kadre de Melo, 15 anos, 10 meses e 5 dias de reclusão;
2. Alisson Luan de Oliveira, 6 anos e 11 meses de reclusão;
3. Oziris Moris Lundi dos Santos Azevedo, 6 anos e 3 meses de reclusão;
4. Levi Ribeiro Fernandes de Jesus, 6 anos e 3 meses de reclusão;
5. Israel Pedra Mesquita, 6 anos e 3 meses de reclusão;
6. Hortencio Yoshitake, 6 anos e 3 meses de reclusão;
7. Luis Gustavo de Oliveira, 6 anos e 3 meses de reclusão;
8. Fernando Pinheiro Cabral, 5 anos e 6 meses de reclusão.
Com informações do R7 e da Agência BrasilLucas Rivas/Rádio Guaíba