Mãe e filho são condenados por assassinato de bombeiro
Ambos responderam por homicídio duplamente qualificado contra Glaiton Silva Contreira
Mãe e filho acusados de matar o bombeiro Glaiton Silva Contreira, de 52 anos, em 2020, em Sapiranga, Região Metropolitana de Porto Alegre, foram condenados pelo crime de homicídio duplamente qualificado. Ledamaris da Silva, esposa do militar, deverá cumprir 17 anos, seis meses e um dia de prisão e Yago Rudinei da Silva Machado, enteado da vítima, 15 anos, quatro meses e 15 dias. Eles não poderão apelar em liberdade, sendo mantida a prisão de ambos. As informações são do g1 RS.
Em nota, o advogado de Ledamaris, Neemias Sanches, disse que ele e a cliente respeitam a decisão do Conselho de Sentença, mas que divergem dela e vão pedir a anulação do júri. “A defesa buscará por todos os meios legais a realização de novo julgamento, preferencialmente, fora da Comarca de Sapiranga”, diz o comunicado.
Antes do júri, o advogado que representa Ledamaris, disse que a ré “não tem nenhuma ligação com o crime, sendo uma pessoa inocente”. A defesa de Yago disse que ele sofre de esquizofrenia paranóide e que “possui diversos laudos médicos de peritos judiciais, inclusive comprovando a doença mental dele”.
Ledamaris aguardou o julgamento presa preventivamente no Presídio Estadual Feminino Madre Pelletier, em Porto Alegre. Já Yago chegou a ser encaminhado ao Instituto Psiquiátrico Forense (IPF), em Porto Alegre, mas atualmente está preso na Penitenciária Estadual do Jacuí, em Charqueadas.
Conforme denúncia do Ministério Público, Ledamaris e Yago planejaram o crime por motivos patrimoniais. Glaiton foi sedado com gás sevoflurano, utilizado em anestesias gerais, sendo levado de carro até um local ermo, onde foi morto com cortes de estilete no pescoço.
Os promotores Karen Cristina Mallmann e Francisco Saldanha Lauenstein sustentam que Yago fugiu do local deixando a arma do crime, um celular e pertences do padrasto sob uma ponte.
Nota da defesa de Ledamaris
Respeitamos a decisão do conselho de sentença, contudo divergimos dela. No ato, já recorremos ao Tribunal de Justiça do Estado, buscando a anulação do júri por diversas razões. Lutaremos até o fim, buscando a efetivação da justiça à Sra. Ledamaris, pessoa com 3 AVCs, doente desde 2009.
A defesa buscará por todos os meios legais, a realização de novo julgamento, preferencialmente, fora da Comarca de Sapiranga.
Mãe e filho são condenados por assassinato de bombeiro.