EXCLUSIVO: Defasagem no efetivo da Polícia Civil chega a 60 por cento na região
Delegado Regional de Camaquã, Vladimir Urach, falou sobre o trabalho da corporação durante entrevista exclusiva ao programa Jornal Regional da Rádio Camaquense AM 1060
A Polícia Civil está com uma defasagem no efetivo em torno de 60 por cento na região de Camaquã. A informação foi dada pelo Delegado Regional, Vladimir Urach, durante entrevista exclusiva ao jornalista Eduardo Costa durante o programa Jornal Regional da Rádio Camaquense AM 1060.
São 59 policiais civis para atender os 13 municípios que correspondem à região de Camaquã quando o ideal seriam necessários 147 agentes. Ao todo, são cinco delegados atuando na região mas para o andamento mais eficaz dos procedimentos deveriam ser no mínimo 10.
De acordo com Urach, fatores que auxiliam para o crescimento desta falta de efetivo são as aposentadorias e as transferências de agentes para outras regiões do Estado. “Apenas nos primeiros seis meses de 2015, 288 policiais civis se aposentaram e a previsão é que até o final do ano, esse número chegue à 500”, afirmou o titular da Delegacia Regional de Camaquã.
Questionado sobre a demora em alguns procedimentos realizados pela Polícia Civil, Urach afirmou que o trabalho da corporação depende de outros órgãos, como o Instituto Geral de Perícias que vive o mesmo problema de efetivo. “Em muitos casos, não podemos remeter a justiça um crime sem os laudos do IGP. Por isso, há essa demora muitas vezes”.
Por mês, são aproximadamente 1.800 ocorrências apuradas na região sendo que 500 crimes com autoria confirmada são remetidos de forma mais rápida à justiça e mais de mil ficam a espera do trabalho do setor de investigação. Para dar agilidade ao trabalho da Polícia, três tipos de crimes são priorizados: ocorrências contra a vida, tráfico de drogas e roubos.