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CASO RAFAEL: Alexandra Dougokenski é condenada a 30 anos e dois meses de reclusão e mais seis meses de detenção por assassinato do filho

Ela foi condenada a 30 anos e dois meses de reclusão, além de seis meses de detenção. A sentença foi lida pela juíza Marilene Campagna por volta das 23h40min


Por Eduardo Costa Publicado 19/01/2023
 Tempo de leitura estimado: 00:00
CASO RAFAEL: Alexandra Dougokenski é condenada a 30 anos e dois meses de reclusão e mais seis meses de detenção por assassinato do filho
CASO RAFAEL: Alexandra Dougokenski é condenada a 30 anos e dois meses de reclusão e mais seis meses de detenção por assassinato do filho

CASO RAFAEL: Alexandra Dougokenski é condenada a 30 anos e dois meses de reclusão e mais seis meses de detenção por assassinato do filho. Nesta quarta-feira (18), depois de três dias, chegou ao fim o julgamento da ré, que é acusada de ter assassinado o próprio filho, Rafael Mateus Winques, 11 anos, em maio de 2020, o município de Planalto, no norte do Estado. Após mais de uma semana de buscas pelo garoto, Alexandra Salete Dougokenski indicou o local onde estava escondido o corpo do filho caçula. As informações são de GZH.

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Os jurados decidiram que Alexandra é culpada pelos crimes de homicídio qualificado, ocultação de cadáver, falsidade ideológica e fraude processual. Ela foi condenada a 30 anos e dois meses de reclusão, além de seis meses de detenção. A sentença foi lida pela juíza Marilene Campagna por volta das 23h40min.

Pelo homicídio qualificado, Alexandra foi sentenciada a um total de 28 anos de prisão; pela ocultação de cadáver, condenada a um ano e dois meses; e por falsidade ideológica, a um ano de reclusão. Por fim, a magistrada ainda determinou que ela cumpra seis meses de detenção por fraude processual.
A mãe, o irmão e o filho de Alexandra, que estavam aguardando pela decisão, optaram por não acompanhar a leitura da sentença, assim que foram comunicados da condenação.

Já a ré ouviu toda a leitura dentro do salão do júri, junto dos advogados de defesa. De cabeça baixa, a mulher não esboçou reação. A juíza ainda explicou que fica mantida a prisão de Alexandra, que já estava segregada desde maio de 2020.

O advogado de defesa, Jean Severo, disse que vai recorrer da sentença. Ele também afirmou que irá pedir a anulação do júri, alegando que a promotora Michele Dumke Kufner teria ferido o silencio da ré, embora ela tenha citado somente os familiares nominalmente.

Emoção e comemoração
Reunidos em frente ao Fórum de Planalto desde o fim da tarde, moradores aguardavam pela sentença. Faixas com pedidos de “pena máxima” e “Justiça por Rafael” eram exibidas pela comunidade. No momento em que a juíza lia a sentença, de dentro do Fórum era possível ouvir os gritos da comunidade.

Assim que foi encerrada a sessão, os três promotores, Michele Dumke Kufner, Diogo Taborda e Marcelo Tubino, junto do advogado Daniel Tonetto, seguiram até a frente do prédio. Eles foram recebidos com gritos eufóricos e comemoração por parte dos manifestantes. Taborda foi o primeiro a andar até a população e ser envolvido por um abraço comunitário.

— A cidade de Planalto impediu de ficar conhecida como a cidade da impunidade. A sociedade, o corpo de jurados deu o exemplo, deu a pena máxima à ré Alexandra pelo homicídio cruel que praticou contra o próprio filho. Aqui fica o ditado, fica o sentimento de vitória da vida contra a morte. Dever cumprido — disse Taborda.

Logo depois, os outros três promotores também foram cercados por moradores. Tubino falou sobre a recepção da comunidade.

— Essa gratidão aqui, isso nos vale muito — afirmou.

Os moradores seguiram cercando os promotores, abraçando, agradecendo e pedindo para fazer fotos. Emocionada, a promotora Michele disse que no dia da localização do corpo de Rafael prometeu que não descansaria enquanto não alcançasse justiça.
— O dia que eu estava aqui, que o corpo foi encontrado, eu prometi na frente daquela caixa que eu ia buscar a justiça que aquela criança merecia. Com a graça de Deus, com a ajuda da comunidade e dos sete jurados, e com apoio de toda a população, nós conseguimos que a justiça fosse finalmente cumprida, que o Rafael tivesse a resposta que ele precisava e que a Alexandra tivesse a pena justa que ela merecia e que a sociedade tivesse a paz restabelecida — disse.

O advogado Daniel Tonetto, que representa o pai no processo como assistente de acusação, afirmou que a pena obtida foi considerada satisfatória para os crimes.

— Ficamos satisfeitos. A justiça foi feita. Todas as provas demonstravam a não deixar a menor dúvida de que ela era a culpada. E o comportamento dela no processo, sempre agressivo, tentando imputar esse crime terrível para terceiros inocentes, inclusive o pai da criança, todas viram. É claro que está todo mundo triste, não tem como estar feliz numa situação como essa, mas saímos ao menos com o dever cumprido —avaliou o advogado.

O pai de Rafael, Rodrigo Winques, que foi acusado por Alexandra em sua última versão de ter sido o autor do crime, esteve em frente ao Fórum logo após a leitura da sentença.

— Senti muito a falta dele, a perda dele. Tentaram fazer várias coisas para empurrar pra mim, sendo que eu estava lá (na Serra). Sinto sempre a falta dele, porque era o único filho que eu tinha — disse.

Os debates
Assim como previsto, acusação e defesa apresentaram aos jurados dois perfis de Alexandra. De um lado, a acusação buscou apresentar uma mulher fria e manipuladora, que foi capaz de asfixiar o menino até a morte, num crime arquitetado, enraivecida porque ele desobedecia suas ordens e não parava de usar o celular. De outro, defesa tentou mostrar uma mãe zelosa, vítima de série de violências cometidas pelo ex-marido, pai do menino Rafael, e que teria sido injustiçada.

Responsável por elaborar a denúncia do crime, a promotora Michele narrou que foi até a casa de Alexandra assim que soube do sumiço do garoto, para prestar solidariedade.

— Se tivéssemos alguma dúvida da responsabilidade da Alexandra, pela morte do filho dela, não viríamos aqui pedir a condenação — afirmou.

A promotora relatou que foi até a casa de Alexandra em 21 de maio daquele ano, para prestar solidariedade. Nesse mesmo dia, a mãe teria mandado mensagens para o pai de Rafael pedindo informações sobre o filho e também enviado mensagens ao então namorado.

— Naquele mesmo dia, eu estive na casa dela. Eu passei pelo corredor onde ela arrastou o corpo do filho dela. Eu sentei no sofá e fiquei mais de uma hora conversando com ela. Naquele momento, ela era uma mãe procurando o filho. Eu queria ouvir dela o que tinha acontecido, ela era uma mãe sem filho — disse.

Defesa
Por outro lado, a defesa insistiu em atacar Rodrigo, pai de Rafael. O advogado Severo afirmou que comprovaria que o agricultor não estava na Serra, como afirmou desde o início. Neste momento, exibiu uma foto do quarto de Rodrigo e logo depois uma selfie, com data de 14 de maio, na qual ele aparecia com outra parede de fundo — na imagem não é possível identificar o local. Ainda assim, o criminalista sustentou que isso indica que ele não estava no quarto dele em Bento Gonçalves.

— Ele, infelizmente, matou o menino. O que eu peço é a absolvição da Alexandra por todos os crimes imputados a ela. (…) O que vocês vão perder se absolver, ainda mais uma inocente? Num processo onde a dúvida se impõe. A defesa mostrou claramente que o Rodrigo estava em outro ambiente, diferente do que ele afirmava. (…) Pensem nisso, eu consigo condenar a Alexandra em cima disso? Não, eu preciso de robustez processual para mandar alguém praticamente para a morte — afirmou.

Por fim, voltou a sustentar que não havia motivação para o crime e pediu que a ré se aproximasse do filho mais velho, Anderson, que acompanha o júri.

— A Alexandra era uma boa mãe. Vamos fazer justiça, vamos absolver essa moça. Uma mãe não mata o filho.

Resumo do júri
Na segunda-feira (16), foram sorteados os nomes dos sete jurados. Na sequência, passaram as ser ouvidas as testemunhas. Foram ouvidos uma professora de Rafael, e logo depois os dois delegados envolvidos na investigação.
No dia seguinte, foram realizadas as sete oitivas das testemunhas que restavam. Estava previsto que oito seriam ouvidas no dia, mas uma policial foi dispensada.
O terceiro dia iniciou com o interrogatório de Alexandra. Na sequência, começaram os debates entre acusação e defesa. Na noite desta quarta-feira, jurados se reuniram para decidir desfecho e sentença foi lida.

CASO RAFAEL: Alexandra Dougokenski é condenada a 30 anos e dois meses de reclusão e mais seis meses de detenção por assassinato do filho


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