Cargas de tabaco voltam a ser alvo de bandidos na região
O aumento deste tipo de crime se deve ao momento de comercialização da safra no Estado
Dois casos de roubo a caminhões carregados de tabaco movimentaram o Rio Grande do Sul nos últimos dias. A região de Camaquã tem três cidades entre as dez maiores produtoras de fumo do estado: além de Camaquã, São Lourenço do Sul e Dom Feliciano também estão no topo do ranking.
No primeiro caso ocorrido na última segunda-feira (15), um motorista de 70 anos foi rendido e feito refém nas proximidades do trevo do Gaúcho Diesel, no entroncamento da BR-471 e da RSC-287. Quatro homens armados com espingardas entraram no veículo e roubaram toda a carga de tabaco. O condutor foi deixado em uma estrada em Cachoeira do Sul. Conforme a vítima, foram levados cerca de 260 fardos de tabaco e um telefone celular. O caminhão foi localizado vazio.
Outro caso aconteceu em Tapes, há 100 km da capital, no mesmo dia. Um caminhão, também carregado de fumo, foi roubado e, da mesma forma, o motorista foi levado como refém e liberado horas depois. O veículo foi encontrado vazio na cidade de São Leopoldo, na Região Metropolitana.
O terceiro caso aconteceu neste domingo (21), quando Valério Carlos Klug foi feito de refém em Guaíba. Ele foi solto na manhã desta segunda-feira (22), mas os bandidos levaram o seu caminhão. O caminhão Volkswagen 15.180 CNM de cor branca com placas ISN-9697, utilizado para transportar fumo, ainda não foi encontrado.
O aumento deste tipo de crime se deve ao momento de comercialização da safra no Estado. A polícia suspeita que quadrilhas especializadas agem em toda região que escoa a produção para Santa Cruz do Sul, onde ficam as principais indústrias fumageiras. Além dos caminhões, propriedades rurais também são visadas.