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14 de dezembro de 2024
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Eu quero mais


Por Redação Clic Camaquã Publicado 15/02/2014
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Entrei na área da comunicação por acaso. Foi através de um convite de um amigo que trabalhava em uma das extintas rádios comunitárias de Camaquã. Meio contrariado, fui conhecer os estúdios da emissora… e meu primeiro programa de rádio foi dentro de um banheiro nos fundos de um depósito. É que a rádio, assim como todas as outros que surgiram na época, não era legalizada e, por medo de serem descobertos, as emissoras se escondiam para transmitir o sinal no FM.

O “bico” do fim de semana foi levado a sério e me especializei. Trabalhei em mais duas rádios comunitárias e fiz o curso de locutor de rádio e tv. Logo em seguida, consegui minha primeira oportunidade no rádio profissional, na Rádio Camaquense AM 1060. Foram quase cinco anos de muito conhecimento adquirido junto com comunicadores reconhecidos pelo profissionalismo na região. Mas eu queria mais.

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Comecei minha faculdade de Comunicação Social – Habilitação em Jornalismo na Ulbra Canoas e logo as portas voltaram a se abrir. E consegui uma oportunidade na TV da universidade, a Ulbra TV. Lá comecei como locutor de comerciais e de chamadas de filmes e programas. Gravava tudo de Camaquã e mandava os áudios por e-mail. Em seguida, me mudei para Canoas e consegui uma vaga de produtor na Ulbra TV. No quarto dia de trabalho virei repórter de televisão e em meio ano, apresentador do principal telejornal da emissora universitária. Mas eu queria mais.

Durante um dia de intenso trabalho na redação, recebi um telefonema. Do outro lado da linha, uma voz masculina dizia ser o Chefe de Redação da RBS TV e que queria falar comigo pois tinha visto o meu trabalho na TV. Na hora não acreditei, pensei até que fosse um trote mas não. Era mais uma porta que estava se abrindo. Agradeci o espaço na Ulbra e fui em busca do meu sonho. Comecei a trabalhar na RBS TV como repórter, depois virei apresentador da previsão do tempo, fui âncora de telejornal na TVCOM, voltei pra reportagem com as informações de trânsito direto do helicóptero, colaborei com a Rádio Gaúcha e o Portal G1, levei informações do Rio Grande do Sul para todo o Brasil através de reportagens que foram ao ar na TV Globo. Enfim, fiz muita coisa na TV e ajudei muita gente com o meu trabalho. Mas eu queria mais.

E o “mais” que eu tanto queria, percebi com o tempo, que era contribuir com minha gente, com a minha terra. Vi que com o trabalho da imprensa, muitas coisas mudavam e para melhor. Enxerguei que com meu trabalho e de meus colegas jornalistas, comunidades também conseguiam enxergar problemas que poderiam ser resolvidos e se resolviam. E analisando tudo isso, vi que a minha querida Camaquã, que por onde passei sempre levei o nome dela comigo, não enxergava os seus problemas muito menos soluções.

É com esse propósito que estou de volta a Camaquã. O de ajudar o povo a enxergar os seus problemas e propor soluções para que todos possam ter uma vida melhor. Na Rádio Acústica FM 97,7, onde implantei o jornalismo mais “intenso” em dezembro de 2013 com a ajuda dos colegas comunicadores, é notável o retorno deste trabalho. A comunidade passou a ter opinião e a exigir seus direitos e a exercer os seus deveres. E com o Clic Camaquã, que vai trabalhar lado a lado com a emissora e a comunidade, vou seguir com a ideia de querer o “mais” que sempre dizia quando queria alcançar os meus objetivos. O meu objetivo agora é o de colaborar com o crescimento da nossa cidade e da nossa região através de um jornalismo sério, preciso e com a credibilidade que obtive ao levar a sério o que faço.

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