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Psicanalista fala sobre o aumento no número de divórcios durante quarentena

"No momento da quarentena devemos fazer uma avaliação da realidade", afirmou Fabiano de Abreu


Por Redação/Clic Camaquã Publicado 30/03/2020
 Tempo de leitura estimado: 00:00

Enquanto o Ocidente começa a viver a experiência claustrofóbica do confinamento — medida necessária para conter a disseminação da covid-19 —, os relatos vindos da China pintam um quadro de que a vida está, aos poucos, voltando ao normal.

Mas a quarentena forçada deixou algumas consequências inesperadas. Muitos casais parecem não ter resistido à proximidade em tempo integral. A mídia chinesa identificou uma corrida aos cartórios por aqueles que não pretendem seguir juntos.

Xi’am, de 12 milhões de habitantes, capital da província de Shaanxi, região central da China, registrou um recorde no número de pedidos de divórcio nas últimas semanas, segundo o jornal chinês em língua inglesa The Global Times.

Em alguns distritos, todos os horários disponíveis para tratar do tema nos escritórios locais do governo estão tomados por semanas.

Leia também: “Essa foi uma decisão errada, infelizmente”, lamenta médico 

Outros sites também indicaram haver relatos de uma procura acima da média em cartórios de municípios de outras províncias, como a de Sichuan, por formulários de divórcio.

Nas redes sociais, a notícia não chegou a causar surpresa entre os chineses. “É muito tempo junto. Eu tenho visto cada vez mais histórias sobre separações. Muitas piadas também. Mas o problema parece sério”, disse à BBC News Brasil, Ge, uma professora de 29 anos. Ela própria não é casada. E diz imaginar o estresse de estar sob o mesmo teto neste momento de muito estresse econômico e perguntas sobre o futuro.

“Grandes episódios como este fazem as pessoas pensar mais nas suas vidas e o que realmente interessa”, afirmou à BBC News Brasil a escritora Lijia Zhang, autora de A garota da Fábrica de Mísseis: memórias de uma operária na nova China. “É verdade também que os casamentos que sobreviveram à quarentena devem seguir mais fortes!”, complementa.

 

Reavaliação

As relações entre duas pessoas são caminhos em constante mudança. Nos tempos que vivemos, a conjuntura está a obrigar muitos casais a conviverem, a partilharem espaço de uma forma como já não faziam há muito tempo. 

A sociedade moderna levou-nos a ter dois casamentos, um com o parceiro e outro com o trabalho. Por norma, este último, tem de quase todos mais empenho e atenção. Segundo o filósofo e psicanalista Fabiano de Abreu a quarentena pode ser um momento ideal de pausa e avaliação. 

“O nosso quotidiano atribulado torna-nos muitas vezes seres preguiçosos em relação a nós mesmos e a quem partilhamos a vida. Há uma preguiça instalada nas relações. As pessoas não param para avaliar, para refletir no porquê de estar com aquela pessoa, se ela ainda nos supre ou simplesmente cedemos ao comodismo.”, refere o psicanalista. 

Contudo, Fabiano de Abreu alerta que não nos podemos entregar à conjuntura, não podemos confundir sentimento com estado emocional. O fato de estarmos fechados, de aumentar o nosso nível de ansiedade, de se avistarem dificuldades a nível económico pode acionar em nós emoções não desejadas. Essas devem ser filtradas, ponderadas com calma. 

“Este tipo de avaliação deve ser muito cautelosa. Temos que medir, compreender se realmente quem está ao nosso lado já não tem o mesmo impacto na nossa vida. Se realmente o sentimento findou mas não tínhamos dado conta. As pessoas muitas vezes ficam juntas por conforto e segurança mas, em tempos de crise, podem acontecer rupturas definitivas. Por vezes o medo da solidão pode sobressair.”, esclarece. 

Por outro lado, segundo a linha do filósofo há casais onde acontece o oposto. Mesmo tendo sentido uma desconecção por toda uma rotina, agora, neste momento de paragem a relação se fortalece. Segundo Fabiano, ” Existem casais que na adversidade se fortalecem, que não cedem aos impulsos e usam o momento para pensar em dupla. Seguem a velha máxima de que uma cabeça pensa melhor que duas. Usam a quarentena para delinear estratégias, buscando um ponto de equilíbrio. Juntos irão recuperar e fazer frente ao que estiver por vir. ” 

Segundo o filósofo o casamento pode se transformar em algo mais concreto, sai do abstrato. 

“Há quem viva um relacionamento abstrato pois está com a mente totalmente ocupada em seus afazeres. O concreto é o que define uma linha racional dentro de uma realidade vivida.”  

Estes momentos servem para ter a percepção real. Ou realmente o relacionamento está acabado ou segue mais forte. Os momentos de paragem obrigam-nos a olhar para situações que protelávamos há mais tempo do que o desejável. 

Finalizando o tema o filósofo alerta para outro fator. Segundo o estudioso o mundo caminha para a solidão. As famílias são cada vez mais pequenas, menos filhos. Há uma individualização instalada. Estamos nós, enquanto humanos preparados para seguir sozinhos?  

” Momentos críticos fazem-nos refletir sobre as nossas escolhas. Preferimos passar por esta crise apenas por nossa conta ou, se de facto, a base familiar é uma ajuda. “, indaga.  

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