Horário de verão chega ao fim à meia-noite
RGE estima economia de 4.584 MWh, o suficiente para abastecer duas mil residências por um ano
O horário brasileiro de verão, em vigor desde 4 de novembro, terá o seu encerramento às 23h59min de hoje em dez estados e no Distrito Federal. O objetivo durante os 105 dias de duração foi reduzir o consumo de energia elétrica em horários de pico, entre 18h e 21h, e ampliar o aproveitamento da luz solar. A RGE, empresa distribuidora de energia que faz parte da CPFL Energia, avalia que houve economia de 4.584 MWh na área de concessão da distribuidora no Rio Grande do Sul, volume suficiente para abastecer duas mil residências por um ano. A RGE estima redução de 0,14% nos 381 municípios da sua área de concessão. O volume seria suficiente para abastecer uma cidade do porte de Caxias do Sul por um dia, Passo Fundo ou São Leopoldo por dois dias ou ainda Montenegro por quatro dias.
Considerando-se as quatro distribuidoras do Grupo CPFL (RGE, CPFL Paulista, CPFL Piratininga e CPFL Santa Cruz), a redução no consumo durante o horário de verão foi de 64,7 mil MWh. Esse volume, alcançado nas 679 cidades que fazem parte da área das distribuidoras em São Paulo, Rio Grande do Sul, Paraná e Minas Gerais, seria suficiente para abastecer 27 mil casas por um ano. Conforme o diretor de Distribuição da CPFL Energia, Thiago Freire Guth, com o adiantamento dos relógios em uma hora “as cargas das residências e de iluminação pública passam a operar após as 19h, quando o consumo industrial já está se reduzindo”.
Instituído em 1931 pelo então presidente Getulio Vargas, que importou a ideia dos Estados Unidos, o horário de verão ficou suspenso até 1949 porque a população demorou a se adaptar à medida. A alteração foi e voltou duas vezes até ser retomada em 1985, diante do baixo nível dos reservatórios das hidrelétricas. No fim de 2017, o então presidente da República, Michel Temer, chegou a cogitar o fim do horário de verão no Brasil. Isso porque um estudo Ministério de Minas e Energia mostrou que a adoção da hora adiantada na época mais quente do ano não resulta mais em economia de energia.
