Especial Dia das Mães apresenta história de Letícia Cavalheiro Morais
Em entrevista com o Clic, Letícia falou sobre as dificuldades que enfrentou quando se tornou mãe na adolescência e relatou os medos que sentiu por conviver em uma sociedade tão preconceituosa
Neste sábado (7) véspera do Dia das Mães, a série “Especial Dia das Mães” irá contar a história de Letícia Cavalheiro Morais, com 27 anos de idade, dona do seu próprio restaurante e mãe do Lennon com 10 anos de idade, da Thalia com 8 anos e do Théo, com 1 aninho.
Em entrevista com o Clic, Letícia falou sobre as dificuldades que enfrentou quando se tornou mãe na adolescência e relatou os medos que sentiu por conviver em uma sociedade tão preconceituosa.
Descoberta da maternidade
Aos 15 anos de idade, Letícia Cavalheiro Morais, começou a namorar com um rapaz, nesse relacionamento ela ficou grávida do seu 1º filho, o Lennon. Ela nos relatou que sentiu muito medo, medo da reação da família, medo do julgamento da sociedade que é tão crítica.
Com todas essas inseguranças, ela resolveu esconder a gestação. A família veio a descobrir quando ela já estava com 7 meses, Letícia nos relatou que ficou surpresa como as coisas foram conduzidas, não esperava ser tão acolhida por todos.
Por causa da gestação Letícia largou os estudos, e com ajuda de seus pais, dedicou-se a criação de seu filho. Hoje o Lennon tem 10 anos de idade, é uma criança muito amada e carinhosa, relatou a mãe.
“Hoje eu sou a mãe que sou graças a essa gestação”
Retribuindo o amor
Após o nascimento do Lennon, Letícia retornou aos estudos, terminou o ensino médio e iniciou o curso de Pedagogia, para realizar seu maior sonho, ser professora.
Foi quando ela descobriu que seu avô estava com câncer, pensando em todo apoio que sempre recebeu de seus pais, Letícia trancou a faculdade e foi ajudar a cuidar de seu vô. A doença foi se agravando, o vô de Letícia, ficou dois anos em uma cama hospitalar, quando veio a falecer
A entrevistada nos relatou como essa fase foi difícil, pois ela tinha apenas 17 anos e ajudou a trocar as fraldas de seu vô, dar banho, muitas vezes deixou de sair, priorizando sempre esse cuidado. Ela também citou que não se arrepende de ter tomado essa decisão.
“A perda do meu avô foi muito difícil, mas Deus levou ele para descansar, pois estava sofrendo”
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Uma nova etapa
Após a perda de seu vô, Letícia conheceu uma nova pessoa, casou-se e teve o seu 2º filho, a Thalia, que atualmente tem 8 anos de idade. A relação durou 4 anos, porém, a entrevistada, relatou que – “a gente não deu certo”. Hoje o pai da Thalia ajuda na criação da filha, é um pai muito presente.
Letícia sendo mãe solo do 2º filho, retornou a casa de seus pais. Para ajudar nas despesas da casa e na criação de seus filhos, ela começou a trabalhar como professora de educação infantil, em uma escola particular, porém o salário era muito pouco relata a entrevistada.
“A profissão professora não é valorizada, inda mais em escolinhas assim.”
Nesse período a Letícia teve outra perda muito impactante em sua vida. Sua vó, foi diagnosticada com alzheimer. Então, mais uma vez, a Letícia adiou seus planos e projetos, para ajudar a cuidar de sua vó.
Em relato ela nos contou que sentiu com esse dever de ajudar, vendo a sua mãe adoecendo junto com a sua vó, ela decidiu, novamente, por optar em cuidar da família.
Devido as dificuldades em conciliar, casa, filho e agora com a vó doente, precisando usar fralda, Letícia não conseguiu retomar os estudos e o seu sonho de ser professora, foi adiado novamente.
Começo do restaurante Central
Durante o período da doença de sua vó, Letícia começou um relacionamento com o Vitor, o qual ela está casada e teve seu 3º filho, o Théo, com 1 aninho de idade. Ela citou que com a chegada do seu 3º filho ela se sente realizada e motivada a lutar cada dia mais.
Com ajuda do seu companheiro e de sua mãe, Letícia começou a fazer marmita para vender, onde surgiu o “Tô Com Fome”, que agora se chama, Restaurante Central, localizado na Júlio de Castilhos, 662, em cima da loja Sapatto.com.
“A gente começou nos fundos de casa, fazendo marmita em um fogão a lenha.”
O início do restaurante foi bem difícil, relatou a mamãe entrevistada, que agradeceu todo o apoio da mãe e do atual marido, que sempre estiveram ao seu lado e lhe ajudaram na construção do seu negócio.
“Todo dia eu tenho uma luta, uma luta boa”
Assista entrevista completa
