SES amplia leitos clínicos e cadastra novos profissionais de saúde no combate à pandemia
Medida foi tomada diante de taxas recordes de ocupação dos leitos nas UTIs dos hospitais gaúchos
Diante de taxas recordes de ocupação dos leitos nas UTIs dos hospitais gaúchos (mais de 100% durante o dia e 99% às 20h), e de mortes (185), a Secretaria da Saúde (SES) definiu, em reunião do Gabinete de Crise da SES no final desta terça-feira (2/3), uma série de ações para enfrentar o avanço da pandemia no Rio Grande Sul.
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Uma das medidas é a ampliação imediata dos leitos clínicos em hospitais de todo o Estado, em função do aumento das internações de pacientes que precisam desse tipo de leito. Ainda durante a reunião, um ofício foi produzido e encaminhado aos hospitais para que ofertem, no mínimo, 50% dos seus leitos clínicos para tratar pacientes Covid. Com essa ação, a SES espera aumentar para 11 mil a disponibilidade de leitos clínicos no Estado (nesta terça, havia 6.456 leitos clínicos Covid disponíveis no dashboard de leitos).
“Ainda vamos continuar abrindo mais leitos de UTI, mas o Estado passou de 933 leitos, no início da pandemia, para 2.129, um aumento de 131%. O governo do Estado fez seu papel e mais do que dobrou a capacidade da rede de UTI SUS, e agora espera-se uma maior participação do setor privado e de seus conveniados no atendimento de seus pacientes”, explica a secretária da Saúde, Arita Bergmann.
Para o Diretor do Departamento de Regulação Estadual, Eduardo Elsade, todos os hospitais do Estado devem, a partir de agora, trabalhar em suas capacidades máximas, com ocupações acima de 100%. Precisam suspender cirurgias eletivas, convocar profissionais e usar todos os espaços disponíveis para atender casos de coronavírus. Diversos hospitais estão remanejando áreas de atendimento e até pacientes para abrir novos espaços para dar conta da demanda crescente.
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Além de já ter comprado e distribuído 200 camas, 200 respiradores e 200 monitores para instituições hospitalares, a SES está providenciando a compra de mais 60 monitores, 60 respiradores e 57 camas para equipar leitos existentes ou abrir novos. O Ministério da Saúde também está enviando respiradores de transporte para dez hospitais da Região Metropolitana e interior.
“Como liberamos esta semana R$ 17,4 milhões para municípios em Gestão Plena, eles podem usar esses recursos inclusive para locar equipamentos, de acordo com a necessidade”, afirma a secretária Arita.
Outras duas estratégias envolvem a reativação do cadastro de voluntários, que reúne pessoas interessadas na missão de salvar vidas, e o lançamento de um cadastro para contratar fisioterapeutas, médicos, psicólogos e outros profissionais da saúde.
“Mesmo com todas essas ações, a velocidade de transmissão do vírus é muito alta, porque esse vírus parece ser diferente, é quase uma outra pandemia. Precisamos da colaboração das pessoas para que os contágios deixem de acontecer. Se puder, fique em casa”, alerta Arita.
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