Segunda morte por leptospirose é confirmada no Rio Grande do Sul, após enchentes
A vítima é um homem de 33 anos que morreu na última sexta-feira (17)
A segunda morte por leptospirose no Rio Grande do Sul, após as enchentes, foi confirmada na cidade de Venâncio Aires, no Vale do Rio Pardo. A vítima é um homem de 33 anos que morreu na última sexta-feira (17).
O homem morava na área central do município. Conforme a família, ele teria tido contato com as águas da enchente mesmo adotando os cuidados necessários, como o uso de botas.
📱 Clique para receber notícias de graça pelo WhatsApp.
De acordo com a prefeitura de Venâncio Aires, neste mês foram confirmados três casos, sendo um deles o óbito e outros dois casos positivos já estão recuperados. Além disso, 23 suspeitas estão em investigação laboratorial pelo Centro de Atendimento de Doenças Infecciosas (Cadi) do município.
A enfermeira coordenadora da Vigilância Sanitária, Carla Lili Müller, relata que durante todo o ano de 2023, foram 56 notificações, dos quais oito foram positivados e sem registro de óbitos pela doença no município. Já neste ano, até agora, no total são nove casos confirmados na cidade.
Primeiro caso
O primeiro caso foi confirmado nesta segunda-feira (20) na cidade de Travesseiro, município situado no Vale do Taquari. A vítima era um homem de 67 anos. Após análise realizada pelo Laboratório Central do Estado (Lacen), em Porto Alegre, a amostra coletada testou positivo para a doença.
O homem apresentou os primeiros sintomas no dia 9 de maio e acabou entrando em óbito na última sexta-feira (17).
Leptospirose
A leptospirose é uma doença transmitida pela urina de animais infectados, que funcionam como vetores da bactéria leptospira. Segundo especialistas, ter contato com água de enchentes e alagamentos aumenta as chances de infecção, por isso a possibilidade de acontecer um aumento significativo de casos no RS a partir deste mês.
A enfermeira Müller reforça que o atendimento deve ser procurado logo nos primeiros sintomas. As manifestações da doença surgem normalmente de cinco a 14 dias após a contaminação, podendo chegar a 30 dias.
Sintomas:
- Febre;
- Dor de cabeça;
- Fraqueza;
- Dores no corpo (em especial, na panturrilha) ;
- Calafrios.