Descoberta arqueológica extraordinária: restos de cavalos de dois mil anos encontrados na França
Após serem encontrados, arqueólogos ainda não descobriram se os animais foram mortos em batalha ou enterrados como parte de um ritual


Durante a escavação de um sítio arqueológico dos séculos V e VI na comuna de Villedieu-sur-Indre, na França, foram descobertos, além dos cavalos, edifícios antigos, valas e uma estrada. A datação por carbono situa os restos mortais no final da conquista romana da Gália e início do Império Romano.
Detalhes da Descoberta
Os arqueólogos do Instituto Nacional de Pesquisa Arqueológica Preventiva da França (Inrap) encontraram 28 cavalos, todos com cerca de seis anos, enterrados logo após a morte. Os cavalos foram dispostos do lado direito com a cabeça voltada para o sul. Perto dali, um túmulo continha os restos mortais de dois cães com as cabeças voltadas para o oeste.
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Significado e Teorias
Os especialistas estão analisando os ossos para determinar se os animais morreram em batalha ou foram enterrados como parte de um ritual complexo. Uma epidemia animal é improvável, pois apenas cavalos machos adultos foram encontrados. Os restos estão sendo examinados para detectar possíveis parasitas.
Disposição dos Cavalos
O primeiro poço descoberto continha 10 esqueletos completos de cavalos, cuidadosamente dispostos em duas fileiras. Os profissionais observaram que se tratava de cavalos pequenos, com cerca de 1,20 m de altura na cernelha, típicos da pecuária gaulesa. Todos os cavalos eram machos e adultos com mais de 4 anos. A segunda cova, menor, continha apenas dois cavalos, idênticos aos anteriores.
Interpretação e Mistério
Isabelle Pichon, chefe da operação arqueológica do Inrap, descreveu a descoberta como “extraordinária… mas um mistério”. Ela sugeriu que, devido ao local do enterro, os cavalos poderiam estar ligados às guerras gaulesas travadas por Júlio César no século I a.C., mas isso ainda é uma teoria. Embora a área tenha testemunhado batalhas importantes, ainda não há evidências conclusivas sobre como os cavalos morreram. A hipótese de um enterro ritual não pode ser descartada, apesar da ausência de objetos enterrados com os animais.
Análise de DNA
Amostras de DNA foram retiradas dos ossos e do sedimento ao redor. “Sabemos que os gauleses tinham cavalos pequenos deste tipo, mas também que alguns dos auxiliares romanos os utilizavam. Esperamos que as amostras de DNA possam fornecer algumas respostas”, disse Pichon. “É uma descoberta extraordinária pela raridade de tais achados, mas ainda é um mistério. O que sabemos é que esses cavalos foram enterrados com especial atenção e respeito.”
A descoberta dos restos mortais de cavalos de 2.000 anos na França é um achado arqueológico notável, oferecendo novas perspectivas sobre as práticas antigas e a história da região. Continuaremos acompanhando as análises para entender melhor essa intrigante descoberta.