Quatro pessoas de Camaquã envolvidas em quadrilha que cometia abigeato no estado
Grupo foi desarticulado na manhã desta quarta, através de uma grande operação da Polícia Civil
Uma grande ação de combate ao abigeato foi deflagrada pela Polícia Civil na manhã de hoje (14), em diversas cidades do Rio Grande do Sul. A Operação Cooptare desarticulou uma das maiores organizações criminosas de abigeato do RS. Ao todo, foram cumpridos 17 mandados de prisão preventiva, além de mandados de busca e apreensão em residências, mandados de apreensão de veículos (caminhões boiadeiros, caminhões frigoríficos, caminhonetes e carros), quebra de sigilo fiscal e bancário dos investigados, bem como o bloqueio de inúmeras contas correntes, totalizando 48 ordens judiciais, que foram representadas pelo delegado de polícia, Adriano Linhares, responsável pela Força-Tarefa de Combate aos Crimes Rurais e Abigeato, e expedidas pela 2ª Vara Criminal de Rosário do Sul.
Em Camaquã, quatro pessoas tiveram prisão preventiva decretada por integrarem a quadrilha. Os acusados já estavam presos por outros crimes. Eles não tiveram suas identificações divulgadas pela polícia e tomaram ciência dessa nova prisão preventiva decretada pela comarca de Rosário do Sul.
A Operação Cooptare, coordenada pela Chefia de Polícia do Rio Grande do Sul, contou com a participação de aproximadamente 80 policiais civis em ações realizadas nas cidades de Santana do Livramento, Venâncio Aires, Dom Pedrito, Quaraí, Santa Maria, Júlio de Castilhos, Bom Retiro do Sul, Progresso, Camaquã, Palmeira das Missões, Arroio dos Ratos, Paraí e Canoas.
A operação foi denominada ‘Cooptare’ em razão de um de seus líderes, indivíduo preso na manhã de hoje em Venâncio Aires, aliciar capatazes e funcionários de propriedades rurais para que estes facilitassem o furto de animais nas propriedades onde trabalhavam. A quadrilha atuava também, além do furto de gado, na modalidade de estelionato, uma vez que em determinadas oportunidade compravam gado bovino, tanto no Rio Grande do Sul como em Santa Catarina mediante utilização de cheques sem previsão de fundos.
Esse é o resultado da dedicação de dez meses de investigações, dos policiais da força-tarefa, a essa quadrilha que já furtou mais de mil animais bovinos no último ano, tendo causado prejuízo não apenas aos produtores rurais gaúchos, mas como a todo o Estado do Rio Grande do Sul. Ao longo deste tempo, já foram cumpridas 29 prisões preventivas, o que somadas as 17 de hoje, totalizam 46 prisões preventivas, motivo pelo qual o delegado Adriano Linhares considera a Operação Cooptare, como sendo uma das maiores operações de combate ao abigeato já realizadas no RS.