Investigado por matar filho de três anos com golpes de facão é preso em Porto Alegre
Apesar de negar em depoimento, homem disse em áudios enviados à família que cometeu o crime por estar cansado de ser traído pela mãe da criança
A Polícia Civil prendeu preventivamente na tarde deste domingo (15), no Centro de Porto Alegre, um homem investigado por matar o filho de três anos com golpes de facão. O crime aconteceu no bairro Lami, na Zona Sul, na noite da última quinta-feira (12). Em áudios enviados à família há três dias, Leandro Santos da Rosa, 51 anos, disse que estava cansado de ser traído pela esposa.
Conforme o titular da 4ª Delegacia de Homicídios da Capital, delegado Rodrigo Pohlmann Garcia, Rosa teria descontado sua insatisfação na criança. A prisão ocorreu na Rua 24 de Maio, no Centro, após monitoramento das ações do investigado. Garcia disse que Rosa se refugiou em matagal próximo a guaritas na beira do Guaíba após sair da residência onde teria cometido o crime. A polícia acredita que Luís Henrique Fernandes da Rosa pode ter sido dopado pelo pai antes de ser morto. Na casa onde houve o homicídio, foi encontrada seringa com medicamentos utilizados como calmantes.
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Após ficar escondido até este domingo em matagal na praia do Lami, Rosa saiu do local, pediu dinheiro emprestado para um morador do bairro e ingressou em um ônibus até o Centro. Como estava sendo monitorado pela polícia, foi detido quando caminhava pela Rua 24 de Maio.
— Mesmo com os áudios enviados quinta-feira para familiares, quando falou que matou o menino porque estava cansado de ser traído pela esposa, a mãe da criança, em depoimento neste domingo ele negou o crime e atribuiu a morte à ação de uma facção criminosa que atua na região. Por enquanto não temos qualquer indício disso — explicou Garcia.
No início da apuração, a polícia acreditava que a arma usada no assassinato era uma faca, mas depois descobriu que se tratava de um facão. A mãe de Luís Henrique, quando soube do crime, teve de ser encaminhada para atendimento hospitalar porque entrou em estado de choque. A polícia ainda apurou que ela havia registrado em 2019 uma ocorrência de violência doméstica contra Rosa.
