Homem é condenado a 61 anos de prisão por matar integrantes de uma família em Triunfo
Homem teria mostrado genitália para uma das filhas da vítima, iniciando uma discussão; ele está preso preventiavmente desde 2019
O julgamento realizado pelo Tribunal do Júri da Comarca de Triunfo, realizado nessa segunda-feira (7), condenou um homem a 61 anos e 5 meses de reclusão por matar quatro pessoas a golpe de facas e tentar matar outra, todas da mesma família. O resultado foi informado pelo Tribunal de Justiça nesta quinta (10).
O crime ficou conhecido como “A chacina do Barreto”. O Juiz de Direito Alexandre Riveraldo Scarparo Silveira, titular da Comarca de Triunfo, foi quem presidiu a sessão.
O não conseguiu localizar a defesa do réu. O homem, que está preso preventivamente desde 12 de janeiro de 2019, não poderá apelar em liberdade.
Conforme a denúncia do Ministério Público (MP), o réu Deoclides da Silva, discutiu com as vítimas, que eram suas vizinhas e estavam desarmadas. Com um facão, ele atacou uma mulher e três filhos dela.
“Os delitos foram cometidos por motivo fútil, consistente em desentendimento mesquinho de vizinhança, na medida em que motivado pelo fato de que as vítimas disseram que chamariam a polícia em virtude do comportamento do denunciado”, considerou o juiz Alexandre Riveraldo Scarparo Silveira.
O homem teria mostrado a genitália para uma das filhas da vítima. Com isso, a família começou a discutir com o suspeito, que pegou um facão em casa e foi até a residência vizinha.
Relembre o caso
As vítimas foram identificadas como Mirian Ribeiro Pereira, de 52 anos, e os filhos dela, Valquiria, de 30 anos, Valeria, de 28 e João Paulo, de 21 anos. Segundo o delegado Lucio Melo, o filho mais novo de Mirian, um jovem de 19 anos, presenciou o crime e relatou que a agressão teve início após uma discussão.
Duas crianças, de cinco e 11 anos, conseguiram se salvar da chacina, segundo a polícia. De acordo com o pai da menina de cinco anos, Tarciso Ribeiro, a menina maior escondeu a filha dele dentro de uma máquina de lavar.
“Enquanto ele matava meu cunhado, minha guriazinha, nesse momento, estava dentro da máquina de lavar”, contou na época do crime.
Tarciso, que era era marido de Valéria Borges, morta no ataque, disse que os dois cunhados tentaram salvar a família.
“Meus cunhados viram a discussão na frente de casa. Eles levaram as crianças para dentro e, quando voltaram, as mulheres estavam todas mortas. Eles tentaram se esconder dentro de casa, mas o homem foi atrás deles. Ele enfiou a faca pelo buraco da fechadura, era uma porta sem maçaneta, daquelas que passa uma corrente, e acertou meu cunhado na barriga, depois no peito”, relatou em 2019.