Homem é condenado a 44 anos de prisão por estupro de vulneráveis
Crimes foram cometidos em fevereiro de 2023, em Camaquã; Defesa ainda poderá recorrer
A Justiça de Camaquã condenou na última quarta-feira (16), um homem a 44 anos de prisão por abuso sexual. As vítimas eram duas crianças de 07 e 10 anos de idade, o caso ocorreu em fevereiro deste ano.
Conforme a denúncia, assinada pelo promotor de Justiça Ricardo Cardoso Lazzarin, o réu, de 66 anos, “aproveitando-se de que era amigo das famílias das vítimas e prevalecendo-se que os pais confiavam nele, praticou atos libidinosos diversos da conjunção carnal com as meninas”.
Em pelo menos dois momentos distintos, o homem passou as mãos nos corpos das vítimas, tocando as partes íntimas. Em um terceiro momento, fez com que a uma das meninas segurasse o órgão genital dele. Os crimes foram cometidos na casa do réu em Camaquã e em uma propriedade no município de Arambaré, entre janeiro de 2022 e janeiro de 2023.
Para o promotor, essa condenação foi um grande avanço no combate ao abuso sexual:
“Foi uma ruptura de barreiras, principalmente por envolver uma família de classe social mais elevada. Depoimentos de mulheres que foram vítimas do réu quando eram crianças e que ainda se ressentem pelos abusos sofridos foram parte da prova para a condenação. São raros os casos como este que chegam às autoridades”, ressalta.
Na decisão, o juiz explica que vítimas “relataram, de forma pormenorizada e esclarecedora o modo de agir do acusado, não deixando dúvidas quanto à prática dos atos pelo acusado, o qual se aproveitou da proximidade da família das vítimas para aproximar destas, com a finalidade de satisfazer sua lascívia”.
Relembre o caso
O réu foi detido no dia 25 de fevereiro, quando agentes do Departamento de Polícia de Camaquã, com apoio do efetivo da Operação Verão, realizaram diligências em Arambaré. Na oportunidade ocorreu o cumprimento de um Mandado de Prisão Preventiva em desfavor do indivíduo. Ele foi acusado de abusar sexualmente de duas crianças, sendo investigado por estupro de vulnerável.
Tão logo os fatos chegaram ao conhecimento da Polícia Civil, as vítimas foram encaminhadas à perícia, e as testemunhas intimadas para prestar declarações.
A Autoridade Policial representou pela prisão em regime de urgência, sendo o pedido deferido pelo Poder Judiciário, após parecer do Ministério Público.
Conforme a Polícia Civil, o preso era próximo das famílias de ambas as vítimas.
Processo em andamento
O processo ainda está em tramitação, com isto, cabe recurso a defesa.
Segundo informações, o processo segue em segredo de justiça, o que leva a não haver possibilidade de menção ao nome do indivíduo.
O Ministério Publico não emitiu nenhuma declaração sobre este caso.
Obs: Os nomes não serão divulgados, em virtude do art. 13 da lei de abuso de autoridade.
