Durante a entrevista eles percorreram os bairros Dona Tereza e Vila Nova. Formam mais de 40 quilômetros percorridos no trajeto. A equipe do caminhão da Coleta Seletiva conta com o motorista Anchieta e com os garis, João Paulo e Elisangela.
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Anchieta contou que grande parte do lixo reciclável da cidade não é de fato reciclado. Segundo ele, tem lixo para ser separado e gerar sustento para muitas famílias, mas como não há separação do lixo seco e do lixo orgânico por parte da população, boa parte do lixo reciclável é ‘inutilizado’.
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O motorista para o caminhão e os garis fazem uma vistoria para analisar quais as sacolas são de lixo orgânico e quais são recicláveis. A equipe realiza o procedimento em todos os locais pelas ruas que tem lixo acumulado.
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Além de lidar com as mudanças climáticas e enfrentar o sol forte e a chuva, os garis enfrentam a poeira. Porém o que causa mais transtornos na equipe, são os cachorros soltos e os objetos de vidro quebrado dentro das sacolas plásticas.
“Os cacos de vidro são muito perigosos, geralmente estamos sempre arranhados e com dedos cortados”, afirmou Elisangela. João Paulo comentou sobre outro problema, a “falta de paciência no trânsito”. “Tem motoristas que não dão o tempo para a gente atravessar a rua”, afirmou.
Depois da coleta realizada, todo o material recolhido é pesado na CESA (Companhia Estadual de Silos e Armazéns). No período da reportagem foram recolhidos 500 quilos de material. Em seguida, o material é levado até o galpão da coleta seletiva e os próprios garis descarregam os materiais.
Confira a reportagem completa e conheça a história de vida destes trabalhadores: