Autor camaquense lança livro sobre personagens das ilhas do Rio Camaquã
Pesquisador, escritor e escultor Adriano Kath apresentou o “Dossiê pretérito: ilhas do Rio Camaquã”, revelando personagens das ilhas do rio Camaquã
Um autor camaquense lançou obra contando a história dos personagens do Rio Camaquã. O pesquisador, escritor e escultor Adriano Signorini Kath é o autor da obra “Dossiê pretérito: ilhas do Rio Camaquã”.
Embora ainda não tenha ocorrido o lançamento oficial da obra, Adriano vem colhendo bons frutos desta edição histórica, onde faz sua estreia como autor literário.
O livro traz relatos de familiares do escritor, vizinhos e moradores das ilhas do rio Camaquã, fruto de entrevistas que Kath vem realizando ao longo dos anos, além de uma pesquisa cuidadosa com referências em obras de importantes autores gaúchos enriquecida com fotografias, documentos e peças garimpadas em acervos particulares.
Kath lança seu primeiro trabalho, e também é autor de três fascículos, que esperam por edição, e que contam a história das ilhas do final do século XVIII aos dias atuais – o que sem exagero algum transforma o autor em um verdadeiro guardião das ilhas do Rio Camaquã.
Envolvido desde sua infância neste contexto cultural e histórico, que abraça a região do estuário do rio Camaquã, o pesquisador se vale do método biográfico, através do estudo de obras e documentos, além da tradição oral, com entrevistas de pessoas idosas, que tiveram seus ancestrais vivendo nas diferentes ilhas.
A principal delas é a Ilha Santo Antônio, local onde Giuseppe Garibaldi comandou o estaleiro farroupilha, e foram construídos os barcos da frota farrapa, entre eles o Rio Pardo e o Seival, símbolos de uma epopeia.
A obra, fartamente ilustrada, publicada pela Impresul Editora, além de oferecer um rico panorama das ilhas, desde a sua origem arachane, passando pela colonização portuguesa e espanhola, traz aspectos pouco conhecidos da Revolução Farroupilha (1835-1845), e segue adentrando pelo século XX.
“Ciente de que muitos dados já foram perdidos sobre nossa colonização, miscigenação e vida social num todo, nasceu a necessidade deste dossiê informativo, reunindo elementos que corroboram entre si fortalecendo nossa memória social”, resume o autor na apresentação da obra.
De acordo com Catullo Fernandes, pesquisador e colunista do Clic Camaquã, o grande mote do livro, que reúne em 154 páginas cavalos e barcos – terra e água – é contar a cronologia das ilhas através de seus principais personagens, desde as figuras imponentes da história riograndense e expoentes estrangeiros até as pessoas mais simples do cotidiano daquelas paragens, onde pescadores, agricultores, benzedeiras e gente do povo ganham voz através da literatura social de Adriano Kath.
Na avaliação do escritor, cada ilha tem uma história peculiar, e seu objetivo maior, além de mostrar o distrito farroupilha da Pacheca, busca influenciar outros distritos a conhecerem sua história. O pesquisador, com pós graduação e cursos na área de educação e história, também é o idealizador da exposição “Estuário do Rio Camaquã – Registros e Memórias”.
Ainda conforme Fernandes, com este livro de estreia, muitas portas serão abertas para que se possa conhecer com mais profundidade a cultura e as belezas naturais deste paraíso, que se chama Ilhas do Rio Camaquã, um lugar onde história e meio ambiente caminham de mãos dadas.
Texto: Catullo Fernandes