“O futuro de Camaquã está nas mãos dos vereadores no dia de hoje”, diz prefeito sobre o FAPS
Prefeito destacou durante a entrevista que, o Executivo não recebeu nenhuma proposta dos vereadores ou sindicatos, sobre o projeto do FAPS
O prefeito do Município de Camaquã, Ivo de Lima Ferreira participou do programa Bom Dia Camaquã da Clic Rádio para trazer esclarecimento a população sobre o projeto do FAPS. O referido projeto estará em discussão e votação na sessão da Câmara desta segunda-feira (27).
Do que se trata esse projeto?
Prefeito: “Em novembro de 2022, eu fui procurado pela comissão do FAPS, para que tomasse uma atitude e, encaminhasse a Câmara de Vereadores a Reforma da Previdência, juntamente com a comissão do FAPS nós decidimos escolher uma comissão de nove pessoas, onde foi composta por cinco servidores e quatro em cargos de comissão, para fazer o estudo do esqueleto do projeto”. “Então o projeto é do FAPS, não é do Executivo, só que esse projeto vai impactar na vida do cidadão de Camaquã”.
Ivo destacou ainda que: “Hoje o FAPS teria que ter mais de R$ 600 milhões no seu fundo, e, no entanto, tem R$ 100 milhões, então ele não é autossustentável, ele não dura por muito tempo, porquê já vai passar de mil aposentados e pensionistas, que dependem desse fundo, então, algo tem que ser feito”.
Sobre o projeto do FAPS o prefeito se referiu como um “remédio amargo”, e concluiu: “vamos ter que tomar, para a saúde financeira do nosso município”.
De acordo com o chefe do Poder Executivo, no ano passado (2022), o município de Camaquã pagou da lei complementar do FAPS a quantia de R$ 1.630.000,00 (um milhão seiscentos e trinta mil) por mês, multiplicando por treze, a quantia chaga a R$ 21.190.000,00 (vinte e um milhões cento e noventa mil). Para pagar esse valor, o prefeito informou que o mesmo saiu do Livre da Prefeitura Municipal.
“É o Livre da Prefeitura que sustenta a infraestrutura, sustenta a agricultura, sustenta o transporte. Então não tem como não dizer que não vai impactar na vida das pessoas. E o pior, esse ano nós estamos pagando R$ 2.075.000,00 (dois milhões e setenta e cinco mil) por mês, vezes treze, R$ 26.975.000,00 (vinte e seis milhões novecentos e setenta e cinco mil)”.
O chefe do Executivo afirmou: “Quando isso acontecer de não ter mais dinheiro no Fundo, que o município ter que se sustentar os pensionistas e aposentados, aí o recurso do município, aí pode pregar as portas das secretarias, porquê a situação do município vai zerar, porquê tudo aquilo que entra para o município, que nós devemos investir na nossa comunidade não aí ser possível caso esse projeto não for aprovado hoje”.
Sobre o presidente do FAPS se manifestar favorável ao projeto da reforma durante a Reunião Almoço realizada na ACIC, o prefeito complementou afirmando que o mesmo é de autoria do FAPS, onde o Executivo apenas fez o encaminhamento do projeto para a Câmara de Vereadores.
“Quando os vereadores dizem que o Executivo não tem diálogo, o Dr. Fabiano já deve estar cansado de fazer reunião em todas as secretarias, escolas (…) explicando para as pessoas, tirando as dúvidas, em relação a esse projeto (…) se teve, e ainda vamos ter muito diálogo sobre isso. Os vereadores podem procurar o pessoal do FAPS, o que o FAPS disser para mim eu vou concordar, o que eles disserem que dá para ceder, eu vou ceder, (…) isso é um acerto do FAPS com os vereadores”.
O prefeito explicou que o projeto irá mudar a Lei Orgânica, onde o mesmo já era para ter sido votado a pelo menos um mês atrás. Ele relatou que foi procurado pelos vereadores Vítor Azambuja e Ronaldinho Renocar, onde os parlamentares pediram para o executivo “segurar o projeto”.
“Eu dei trinta dias para eles me darem uma contraproposta, até porquê esse projeto não podia ser mexido mais, porquê esse projeto tem um rito diferentes dos outros, ele entra na Câmara e fica trinta dias adormecido, para que em vinte dias os vereadores apresentem Emenda, e nenhum vereador apresentou emenda ao projeto nesses vinte dias, quando chegou nos trinta dias ele tramitou normal, passou pela CCJ, e já foi para a presidência para entrar na pauta de votação”.
O prefeito relatou ainda que o Dr. Fabiano havia enviado alguns e-mails solicitando a manifestação do sindicado, o qual não recebeu nenhum retorno.
“Quando nós assumimos a prefeitura nós tínhamos 1.651 servidores públicos, (…) e hoje nós temos 1.470, sendo 181 servidores a menos do que quando nós assumimos o mandato, e mais 22 CC que foram demitidos, e óbvio que mais gente vai ser demitido. Nós criamos a UPA, nós criamos duas escolas infantis, Barbosa Lessa e Recanto Infantil, oito unidades de saúde, usina de asfalto, laboratórios de ferida. Ou seja, os nossos funcionários estão sobrecarregados, além disso não podemos fazer concurso público, enquanto nós estivermos nessa situação”.
Assista comentário completo do Prefeito de Camaquã: