Agropecuária puxa queda do PIB gaúcho no primeiro trimestre de 2018
Produto Interno Bruto do RS caiu 0,8% em comparação com o mesmo período do ano passado
O Produto Interno Bruto (PIB) do Rio Grande do Sul teve queda de 0,8% no primeiro trimestre de 2018, em comparação ao mesmo período do ano anterior. Em valores, significa R$ 93,4 bilhões. Os dados foram divulgados na manhã desta quinta-feira (21).
Conforme o levantamento, o PIB gaúcho fechou 2017 com saldo positivo de 1%, ou seja, R$ 375 bilhões.
Porém, 2018 começou com desempenho pior. A retração no primeiro trimestre deste ano foi impulsionada pelo setor da agropecuária, que registrou queda de 8,5%. Serviços, com baixa de 1,9%, também teve resultado negativo.
Já indústria (0,3%), comércio (6,1%) e construção civil (6,4%) tiveram saldo positivo.
“O PIB do Rio Grande do Sul segue um padrão nacional. No ano passado cresceu 1%, no início deste ano foi um valor um pouquinho abaixo. Mas a economia gaúcha está dentro do contexto nacional”, analisou o secretário de Planejamento, Governança e Gestão, Josué Barbosa.
A divulgação ocorreu na sede da Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão (SPGG), com a presença de alguns ex-servidores da Fundação de Economia e Estatística (FEE), extinta pelo governador José Ivo Sartori (MDB) em abril deste ano.
A FEE era responsável pela elaboração os indicadores, que agora cabe à Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). Com o encerramento das atividades da FEE, parte dos servidores foi realocada para a secretaria.
O coordenador de pesquisas da Fipe, Eduardo Zylberstajn, responsável pelo estudo, explicou que houve uma mudança na metodologia de cálculo, em relação ao que aplicava a FEE. A Fipe fez um novo levantamento. Por isso, os dados apresentados não são comparáveis com os calculados anteriormente pela FEE.
Eduardo Zylberstajn disse ainda que intenção é divulgar os números mensalmente.
“Estamos encerrando o segundo trimestre e a nossa expectativa é começar a divulgar indicadores mensais. Seremos transparentes e abertos ao diálogo. Nossos indicadores não serão uma caixa-preta”, afirmou.