Praias do Litoral Norte registram mais de 600 casos de lesões por águas-vivas nesta semana
Nesta semana milhares de águas-vivas apareceram mortas na praia do Cassino
Entre a segunda-feira (8) e a terça-feira (9) desta semana, o 631 casos de lesões por queimaduras de águas-vivas foram registrados no Litoral Norte pelos guarda-vidas. As praias que mais registraram crescimento de casos foram Tramandaí e Capão da Canoa.
Desde o início da Operação Verão, no final do mês de dezembro do ano passado, já foram informados cerca 8,3 mil casos de lesões por água-viva. O número é pouco inferior ao contabilizado no mesmo período da operação da temporada anterior, quando foram 8,6 mil ocorrências.
Conforme o Corpo de Bombeiros, o número expressivo de casos em períodos curtos é comum no litoral. O aumento da temperatura da água e a incidência da luz solar no oceano estão entre os fatores que contribuem para a reprodução do animal.
Milhares de águas-vivas aparecem mortas na praia do Cassino
Na última terça-feira (9), os banhistas que visitaram a praia do Cassino em Rio Grande, se depararam com a faixa de areia tomada por águas-vivas mortas. A espécie que apareceu na praia, conhecida como “mãe d’água” e são inofensivas.
O professor do Instituto de Oceanografia da Universidade Federal do Rio Grande (FURG), Renato Nagata, explicou que o tipo de água-viva que apareceu nesta praia, está distribuído nas áreas da Lagoa dos Patos e das praias e se desenvolve desde o seu estágio juvenil até o final da vida.
Depois de morrer é que as espécies vão se acumular e, por conta da hidrodinâmica das ondas, vão encalhar na praia. Renato explica também que esse fenômeno é normalmente esperado entre novembro e início de janeiro, e não nesta época.
O educador salienta também que em razão das chuvas do último ano acabaram deixando a Lagoa dos Patos e as praias com água muito doce, e essas espécies preferem água mais salgada.
Águas-vivas no Cassino
O nome científico das águas-vivas que apareceram mortas na praia do Cassino é Lychnorhiza lucerna, também chamada por pescadores de “mãe d’água”.
Elas são inofensivas, mas, mesmo assim, é importante manter distância devido à possível manifestação de alergias.