Jovem é apreendido após estuprar primo de 11 anos em Canoas
De acordo com a Polícia, a criança teria contraído HIV pelo abuso. Vítima mora no mesmo terreno que o homem, mas em casas separadas.
Um jovem, de 18 anos, foi apreendido por ter estuprado o próprio primo, de 11 anos, em Canoas, na Região Metropolitana de Porto Alegre. De acordo com informações da polícia, a vítima teria contraído HIV após o abuso.
Em ação coordenada pelo delegado Pablo Queiroz Rocha, da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente, policiais cumpriram mandado de busca e apreensão no bairro Estância Velha. Apesar de ser maior de idade, jovem teria cometido o abuso antes dos 18 anos e será encaminhado para unidade da Fundação de Atendimento Sócio-Educativo (Fase).
Segundo o delegado, a vítima mora no mesmo terreno que o primo, mas em casas separadas. A criança teria dito à madrasta que estava com feridas e sentia dores. Levado ao hospital, menino foi diagnosticado com doenças sexualmente transmissíveis.
O que diz a Polícia
De acordo com o delegado Pablo Queiroz Rocha, que conduziu a investigação da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), foi preciso muito trabalho do Setor de Investigação (SI) da Especializada para chegar até o menor. “Ele ficava trocando de casa, entre Canoas, Esteio e São Leopoldo, pois sabia que a sentença condenatória poderia sair a qualquer momento.” A apreensão, entretanto, aconteceu em Canoas mesmo. Mais exatamente no bairro Estância Velha, onde ele vivia.
Segundo o delegado, o caso só veio à tona quando foi descoberta a doença da criança. “É uma pena, mas este caso só chegou ao conhecimento da polícia quando a mãe descobriu que o menino havia sido infectado pela doença”, recorda. A vítima teria relatado à madrasta o surgimento de feridas e as constantes dores no corpo. Foi somente ao ser internado que a verdade por trás dos sintomas foi descoberta pela mulher, que relatou tudo à Polícia Civil.
Rocha disse ainda que a decisão judicial foi a mais acertada. Ele acredita que o adolescente poderia transmitir AIDS a outras pessoas, tendo em vista que não demonstra qualquer remorso pelo que fez com o primo de 11 anos. “Ele inclusive estava morando com outro adolescente que também era procurado pela polícia”, observa. “O que aconteceu com o primo foi um ato consciente e ele demonstrou que poderia repetir o comportamento nefasto.”