Eleições municipais: quem será o nome da oposição em Camaquã?
O PSDB de Ivo de Lima Ferreira, em seu oitavo ano como prefeito, é o partido mais forte de Camaquã atualmente. Não é uma questão de sentimentos, mas sim uma constatação. É claro que a posição é rotativa e já foi do Progressistas, do PDT, do MDB e de outros partidos. O PT, por exemplo, que nunca teve prefeito eleito no município, já esteve bem perto do poder em 2012.
Quando digo que o PSDB é o mais forte, me refiro justamente ao poder. É o partido que está desde 2016 no Executivo, tem a “caneta na mão” e uma grande base aliada na Câmara de Vereadores.
Em julho de 2023 o partido realizou prévias onde, tendo em vista que Ivo não pode concorrer a reeleição em 2024, quatro nomes foram apresentados: Abner Dillmann (vice-prefeito), Fabiano Ribeiro (procurador), Luciano Pereira Dias (secretário de Saúde) e Rafael de Moura (secretário de Governo). Desde então, Abner Dillmann é pré-candidato ao Poder Executivo de Camaquã. Há quem ainda pense que este quadro pode mudar.
A oposição, por outro lado, ainda não apresentou um nome. A enfermeira e ex-prefeita de Cristal, Fábia Richter, do PSD, era uma das mais cotadas até esta terça-feira (20), quando publicou em suas redes sociais que não seria candidata nas eleições municipais de 2024. Ela garantiu que não há verdade nas afirmações sobre sua candidatura em Camaquã, mas é público que os partidos da oposição se reuniram em diferentes momentos colocando seu nome como opção e até mesmo uma pesquisa foi realizada.
Ela falou sobre isso em novembro de 2023 quando participou do programa Controle Geral, da Clic Rádio.
Entretanto, se um dia foi uma opção, agora parece não ser mais. As eleições vão se aproximando e a oposição segue sem apresentar um pré-candidato para ser avaliado pela comunidade.
Outra questão está nas coligações. O PSDB já fechou com MDB, PSB e Republicanos (embora o único vereador eleito pelo partido faça oposição). No outro lado, dos três partidos mais fortes na oposição (Progressistas, PDT e PT), dois não se suportam. Já ouvi de mais de uma fonte que PP não quer PT e PT não quer PP. Historicamente não é incomum PT e PDT coligados, mas desta vez não há muita clareza.
Os vereadores da oposição já afirmaram que vão ter um candidato, mas até o momento ninguém sabe quem.
Nesta coluna, que inauguro agora, seguirei abordando os assuntos referentes ao cenário político municipal. Não sou político e nem tenho interesse em ser. Sou jornalista.
Pablo Bierhals | chefe de redação do Clic Camaquã | contato @ cliccamaqua.com.br