Mal estás de pé; toma o rumo que quiseres
Leia a coluna de Nelson Egon Geiger, advogado e comentarista de toda quarta-feira no programa Bom Dia Camaquã, transmitido através da Clic Rádio.
“Wiliam Shakespeare escreveu obras para todos os gostos; para o amor em Romeu e Julieta, traição em Otelo; a angústia em Hamlet. Nenhuma foi melhor do que o alerta de Marco Antônio em Júlio César, sobre a improbidade política.”
Em 12.03.1935: foi fundada Aliança Nacional Liberadora – ANL. Que nada mais era do que: :”uma frente de esquerda pró-comunista com objetivo de fazer oposição ao Governo de Getúlio Vargas”. Insuflada pela URSS, mais precisamente pelo ”Leninismo e Stalinismo” na época a esquerda comunista se espalhava no Mundo.
Agora não venha essa podre esquerda brasileira se comparar com Getúlio. Aliás, o maior líder da história do Brasil nem era comunista; nem simpatizava com essa gente. Embora favor dos “trabalhadores do Brasil” e idealizador da CLT ele defendia direitos trabalhistas. Não bagunça; não baderna; como os sindicatos costumam fazer hoje.
Uma das mais monumentais peças de William Shakespeare, “Júlio Cesar” trata do assassinado desse, por facadas de diversos senadores, inclusive seu filho adotivo, “Brutus” em frente às portas do Senado Romano no ano de 44 aC.
Então, segundo Shakespeare, o Senador “Marco Antônio” pronunciou seu famoso discurso, no qual por receio de “Brutus”, dizia entre as frases: “Mas Brutos é um homem honrado”. Por ter menos força política, não ousava atacar diretamente o enteado de “Cesar”.
Para quem conhece a obra (eu assisti em filme da década de 50, com Marlon Brando fazendo o papel de “Marco Antônio”) o discurso finaliza: “Mal estás de pé; toma o rumo que bem quiseres”.
Parece que a frase de “Marco Antônio” nunca esteve tão acesa, como no Brasil de hoje. A irresponsabilidade na condução das coisas públicas nunca foi tão evidente. A inflação começa a mostrar as unhas conforme a imprensa (ZH de 13.03.2024, pág. 10) referindo a fevereiro último. As contas públicas um caos. O “déficit” chegou a um patamar nunca visto. Precatórios vendidos para Bancos particulares. Petrobrás problemática.
Como se isso tudo não bastasse, manifestações externas do País apontando para o descrédito. Há pouco tempo éramos uma sociedade respeitada externamente. Com posições admiradas no conceito internacional. Hoje o desgoverno nos leva para o ridículo ao apoiar ditadores comunistas e opressores como Noriega, Maduro, os irmãos Castro, Putin e outros tantos desacreditados na política internacional.
E nem se fale na situação criada com Israel, um dos países mais influentes e prósperos do Mundo. Admirado pela maioria esmagadora das nações desenvolvidas, sendo desrespeitado por posições da mais incompetente política externa brasileira de todos os tempos.
Passados quase 600 anos da obra prima de Shakespeare e quase 2.100 anos da morte de “Júlio César” nunca a sentença de “Marco Antônio” frente ao cadáver do líder esteve tão atual: “o mal que os homens praticam sobrevive a eles”.
Nós devemos combater com a arma que temos: o voto. Para evitar que o mal se espalhe. Este é um ano eleitoral. Temos de votar com firmeza contra essa esquerda desequilibrada. Não dando votos aos candidatos que integram os partidos que a compõe. E que se atrelam ao Governo Federal.
EDIÇÀO DE 14 de março de 2024.__.