Saiba mais sobre a história da menina camaquense que precisa de tratamento na Tailândia
Com apenas um ano e meio, Isadora precisa de ajuda para custear tratamento na Tailândia
A força de vontade de Isadora Podewils Cardoso é inversamente proporcional ao seu tamanho. A criança de apenas um ano e meio nasceu com uma malformação da coluna vertebral, que resultou em problemas de movimento nos membros inferiores e, também, complicações na bexiga e no intestino, que exigem sondagem vesical para retirada de fezes e urina. Esta patologia, chamada meningomielocele, também ocasionou hidrocefalia, doença que acaba retendo líquido no cérebro. Logo na primeira semana de vida, ela precisou passar por uma cirurgia de Derivação Ventriculoperitoneal (DVP), que consiste na instalação de uma válvula para fazer a drenagem dos fluidos para o coração ou para o peritônio. O tratamento será realizado na Tailândia, na Ásia. Para o custeio do deslocamento e dos procedimentos, uma campanha organizada pela família busca arrecadar R$ 150 mil.
A notícia de que Isadora teria a doença, surgiu antes mesmo de ela nascer, nos exames de ultrassom. Desde o primeiro mês de vida, ela precisava ir com frequência aos hospitais de Porto Alegre. Isadora e a mãe, Priscila Podewils, moram em Camaquã, com a vó da criança. O pai, Éverson Cardoso, mora em São Lourenço do Sul, onde trabalha e realiza campanha em prol da filha e quem cuida da campanha em Pelotas é a tia, Alessandra Cardoso. Mesmo com as distâncias e a alteração de rotinas, a união para ver a melhora da caçula da família se fortaleceu. “Nós realizamos diversos eventos no mesmo dia em mais de uma cidade, então é uma correria grande. Mas não esperávamos que teria uma repercussão tão grande”, diz a mãe, ao comemorar a adesão das diferentes comunidades e os valores que já começaram a ser arrecadados em apenas dois meses de campanha. A divulgação de jantares, rifas, festas e jogos beneficentes é feita através de cartazes, fôlderes e, principalmente, da página no Facebook “Isadora rumo a Tailândia / Células Tronco”. A forma de agradecimento da pequena menina se dá através do sorriso. “Ela é uma criança muito feliz. Sorrindo ela retribui tudo aquilo que fazem por ela, porque não existem palavras para demonstrar a gratidão da nossa família”, disse Alessandra.
A tia da menina revela que a família já entrou em contato com outras pessoas que foram até a Tailândia para realização de procedimentos semelhantes ao que Isadora será submetida. “As conversas com gente que já passou por isso nos dá muita confiança. Uma menina do Pará, por exemplo, recuperou os movimentos da perna e desenvolveu a fala, que ela também tinha dificuldades”, conta. O tratamento lá na Ásia será através de um transplante de células-tronco, que substituirão células nervosas danificadas. Ao todo, serão seis injeções, por meio de aplicações intravenosas e punção lombar. Apesar de os médicos brasileiros não indicarem o tratamento na Tailândia, a expectativa da família é obter o mesmo sucesso de outras pessoas que se trataram por lá. A viagem deve ocorrer em setembro, quando ficarão lá por cerca de um mês, realizando exames e transplante.
