Polícia investiga golpe em aplicativo de relacionamento LGBTQIA+ no RS
Um homem fez um boletim de ocorrencia relatando que foi agredido e roubado por outros dois homens após marcar um encontro por meio do aplicativo
A Polícia Civil do Rio Grande do Sul investiga um crime supostamente cometido através de um aplicativo de relacionamentos LGBTQIA+ nesta quinta-feira (6) em Porto Alegre. O boletim de ocorrência foi registrado na manhã desta sexta (7) por um homem que relatou ter sido agredido e roubado por outros dois homens após marcar um encontro com eles por meio do app.
De acordo com a delegada Andréa Mattos, da Delegacia de Combate à Intolerância, responsável pela investigação, a vítima marcou o encontro em sua casa com dois homens. Ao chegar no local, a dupla amordaçou e amarrou a vítima e a forçou a transferir cerca de R$ 10 mil por Pix para uma conta bancária. Outros R$ 1 mil em espécie foram roubados e uma caixa de som foi levada pelos criminosos. A vítima também foi agredida com coronhadas e socos no rosto.
Não há outros registros de crime semelhante em Porto Alegre, mas a polícia suspeita que possa haver outras vítimas da dupla.
“É interessante divulgar para que outras pessoas que possam ter sofrido o mesmo crime procurem a polícia. Pareceu algo bem organizado. Há uma série de elementos que me levam a crer que possa haver outras vítimas e que elas não tenham registrado boletim de ocorrência por vergonha. A vítima falou esta frase: ‘eu tenho um pouco de vergonha do que aconteceu'”, diz a delegada.
Um vídeo de uma câmera de segurança do local mostra a dupla chegando junta à casa onde o crime foi supostamente cometido. Eles estavam de boné e máscara, o que dificulta a identificação. Agora, a polícia tenta entender se eles se deslocaram ao local em um carro de aplicativo de transporte ou se havia uma terceira pessoa envolvida no golpe.
Uma série de diligências será feita pela Polícia Civil a partir de agora, para tentar identificar os suspeitos. Aplicativos de transporte e bancos foram acionados pela polícia, que busca informações sobre os motoristas responsáveis por levar e buscar os suspeitos e sobre a conta para que o dinheiro roubado foi transferido.
A vítima ficou ferida no rosto após o crime, mas não precisou ser internada e passa bem. Ela não teve sua identidade divulgada.
