No Dia do Garçom, profissional camaquense destaca importância do bom atendimento
Garçom há 16 anos, Vladimir Tili representou a categoria no programa Manhã Show e falou sobre desafios da profissão
Nesta quarta-feira, dia 11 de agosto, é comemorado o Dia do Garçom. Além disso, também são comemorados o Dia do Advogado e o Dia da Pendura, e por mais estranho que isso possa parecer, as três datas estão relacionadas.
Para representar a categoria, o programa Manhã Show, da ClicRádio, recebeu o garçom e empresário do ramo Vladimir Tili. Garçom há 16 anos, ele falou sobre os desafios da profissão, a etiqueta que deve ser cumprida pelos profissionais, o impacto da pandemia de Covid-19 e sobre sua trajetória como garçom.
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Assista a entrevista completa e saiba mais:
O ato de servir ao outro existe desde a Antiguidade, quando guerrilheiros perdiam uma batalha e como tradição, tinham que servir os seus oponentes, ou quando escravos serviam aos seus senhores.
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Posteriormente, na Idade Moderna, o conceito de servidão foi sendo alterado, criando-se uma cultura de hospitalidade. Foi nesse processo de mudança que nasceram os primeiros restaurantes, na França.
O primeiro estabelecimento foi criado em 1765, por um empresário conhecido como Boulanger, que anunciou sopas restauradoras (bouillon restaurant, em francês) para o estômago. Daí o surgimento do termo restaurante.
Foi somente na Idade Contemporânea, época da Revolução Industrial, que o ato de servir foi considerado uma forma de prestação de serviços, ou seja, esses profissionais eram vistos como funcionários.
A origem do nome
Assim como o restaurante, a origem do nome garçom também se deve ao fato do primeiro estabelecimento criado em 1765, em Paris, na França.
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Como a demanda para servir as sopas restauradoras foi enorme, o empresário precisou contratar jovens para ajudar a servir. Os clientes, quando precisavam de algo, os chamavam de “garçon”, que significa rapaz ou menino na língua francesa.
Já os estrangeiros que frequentavam os estabelecimentos acreditavam que a palavra designava a profissão, e com isso, adotaram o nome, como no caso do Brasil, cuja terminologia foi adaptada para a língua portuguesa, transformando-se em “garçom”, com m no final e trazendo como significado, segundo o dicionário Michaelis, “empregado que serve em bar, café, restaurante, recepções etc.”
A relação das três datas
Tudo começou em 11 de agosto de 1827, quando o imperador Pedro I assinou um decreto para a criação dos primeiros cursos de direito do país: a Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, em São Paulo, e a Faculdade de Direito de Olinda, localizada em Pernambuco.
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Na época, a profissão de advogado possuía muita notoriedade, sendo muito respeitada pela sociedade, inclusive por proprietários de bares e restaurantes.
Estes, como forma de homenageá-los, convidavam os estudantes de Direito para comemorarem a data do Dia do Advogado, tudo por conta da casa. Ou seja, os jovens bebiam e comiam à vontade, e os garçons “penduravam” a conta com um prego, sendo conhecido também como o Dia da Pendura.
Apesar de não serem cobrados, os estudantes não deixavam de oferecer a gorjeta ao garçom. Posteriormente, com o aumento dos cursos de direito do país, o Dia da Pendura foi ficando insustentável para os donos dos estabelecimentos.
As comemorações gratuitas foram acabando e os jovens estudantes começaram a se auto-convidar, mas nunca estendendo o calote aos garçons, ou seja, o tradicional 10% da taxa de serviço era sempre garantido, como forma de demonstrar o reconhecimento a estes profissionais esforçados que sempre estão prontos para servir e agradar os clientes.
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E com isso, como forma de homenageá-los, ficou estabelecido que a data 11 de agosto também seria celebrado o Dia do Garçom.