Há 30 anos morria Raul Seixas, o “pai” do rock brasileiro
O artista tem 940 mil ouvintes mensais no Spotify; qual a sua música favorita?
Raul Santos Seixas, o ‘Maluco Beleza’, dono de uma voz singular e letras místicas e impactantes, morria na manhã do dia 21 de agosto de 1989, em São Paulo, vítima de uma parada cardíaca. O alcoolismo, agravado pela diabetes, causou uma pancreatite aguda fulminante que o levou aos 44 anos.
Mas a carreira do músico não se encerrava ali. Nos dias de hoje, três décadas após sua partida, o culto à sua imagem e, principalmente, a suas músicas, continua forte. Prova disso são os gritos de “toca Raul!”, que são ouvidos em shows em todo Brasil. A atemporalidade do artista também pode ser constatada no número de livros, peças de teatro e documentários que são lançados constantemente, contando uma vida repleta de lendas e histórias icônicas.
Três décadas após sua partida, o culto a sua imagem e, principalmente, a suas músicas continua forte. Foto: Sergio Soares
As homenagens póstumas começaram já no velório do cantor. Durante a missa realizada antes do enterro, a igreja foi invadida por uma centena de fãs, todos gritando “Viva, viva, viva a sociedade alternativa!”. O grupo queria resgatar o corpo de Raul para levá-lo para para passear, beber e fumar. A ideia, bem no estilo maluco beleza, não agradou os familiares do músico, que impediram o passeio.
Entre as lendas e os fatos de uma vida bem vivida, Raul Seixas deixou 15 álbuns de estúdio, em seus 26 anos de carreira. Músicas que se tornaram sucesso absoluto, como “Gita”, “Ouro de Tolo” e “Metamorfose ambulante” permanecem na mente e no coração dos brasileiros. O artista tem 940 mil ouvintes mensais no Spotify e a legião de fãs cresce continuamente, de pai pra filho, eternizando a memória desse grande ícone do rock brasileiro.