Dia Nacional do Voluntariado: Solidariedade mesmo em tempos de pandemia
A pandemia de coronavírus mostrou que a bondade e o amor de voluntários não têm limites; conheça algumas das boas ações que provavelmente seguirão sendo noticiadas como exemplo de voluntariado
Durante esta sexta-feira, dia 28 de agosto, é celebrado o Dia Nacional do Voluntariado. A data foi instituída pela Lei nº 7.352, de 28 de agosto de 1985, pelo Presidente José Sarney. O objetivo do Dia Nacional do Voluntariado é reconhecer o trabalho de pessoas que doam seu tempo, trabalho e talento, de forma voluntária, apenas por querer o bem de uma comunidade.
Ainda segundo os dados do IBGE de 2018 sobre o voluntariado revelam que os voluntários dedicam cerca de seis horas e meia por semana à atividade. A maioria dos voluntários são mulheres de 50 anos de idade ou mais e tem ensino superior completo, de acordo com a pesquisa do IBGE.
O estudo também que cerca de 79,9% dos trabalhos voluntários são realizados por instituições como congregações religiosas, sindicatos, escolas, hospitais ou asilos. Além disso, 13% é realizado em associações de moradores, esportivas e organizações não-governamentais. E 9,8% de forma individual.
Mas o que é ser voluntário?
- Definições de Oxford Languages: “que não é forçado, que só depende da vontade; espontâneo”, “que se pode optar por fazer ou não”.
- Definições de Aurélio: “voluntário é aquele que procede espontaneamente, sem coação, movido pela vontade própria”.
Ser voluntário para quem atua é um simples ou elaborado processo de contribuição para melhorias na vida de alguém. É um momento de entrega que transborda alegria no coração. Para quem recebe o “trabalho”, pode ser o vislumbre do reflexo de um anjo.
De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no ano de 2018, o Brasil tinha cerca de 7,2 milhões de pessoas praticando atividades voluntárias. Segunda a mesma pesquisa, demonstrou que 4,3% das pessoas já está envolvida com o voluntariado a partir de 14 anos.
Uma dessas pessoas é o pastor Ezoel Cardoso, fundador do “Expresso Compaixão” na cidade de Camaquã. O grupo realiza diversos trabalhos sociais na cidade, como distribuição de refeições, brechós solidários, reinserção social, entre outros.
“Não basta só tirar as pessoas das ruas, a gente precisa ressocializar elas”, Afirmou Ezoel. Ele explicou que algumas das pessoas que o grupo ajuda, são encaminhadas para instituições terapêuticas para recuperação da dependência do álcool e outras drogas.
Além disso, o grupo auxilia a retirada de documentos de identidade, procedimentos odontológicos e ajuda na inserção destas pessoas no mercado de trabalho. A organização já atua na comunidade a 7 anos distribuindo refeições.
Efeito Covid-19
Com a implantação do isolamento social, a realidade de muitas famílias infelizmente piorou. Em contrapartida a esse fator, a solidariedade aumentou. O Expresso Compaixão é apenas um dos movimentos que passou a oferecer mais “serviços” durante este período.
Vendo a necessidade, o grupo passou a distribuir refeições mais vezes durante a semana. “Em meio a pandemia muitas pessoas têm despertado seu lado solidário”, afirmou.
Outras ações
O trabalho voluntário transforma a vida das pessoas, tanto de quem atua, quanto de quem recebe. Essa afirmação pode ser comprovada nas redes sociais desde o início da pandemia. Diversas iniciativas são realizadas neste período, visando evitar a exposição de pessoas do grupo de risco, colaborar com pessoas em vulnerabilidade social e promover interações vizinhos.
Listamos a seguir algumas iniciativas que demonstram o amor e empatia neste período de coronavírus, confira:
- Distribuição de refeições: Muitos grupos passaram a oferecer alimentação em comunidades, visando o aumento do desemprego, o fechamento de empresas e isolamento social.
- Distribuição de álcool em gel e máscaras: Grupos realizaram a doação de itens essenciais para o cuidado durante este período à pessoa sem condições financeiras de se proteger de maneira adequada.
- “Vizinhos do bem”: Pessoas se disponibilizaram para fazer compras e resolver problemas para quem está no grupo de risco. Cartazes foram fixados em elevadores, corredores e até nas portas de apartamentos.
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