APEC fala sobre o Espectro Autista no programa Bom dia Camaquã da Clic Rádio
Mães que pertencem a associação falam sobre as dificuldades de inclusão enfrentada por crianças e adultos com autismo
Na manhã desta quinta-feira (04) o programa Bom dia Camaquã recebeu as convidadas, Juh Aguiar, Giliane e Leiliane, falando sobre o espectro autista, divulgando o trabalho da APEC – Associação de Pais Especiais de Camaquã.
Como surgiu a Associação (APEC)?
Giliane: “A gente fez a Associação, a gente se juntou porque a caminhada no autismo é muito difícil (…), falar nisso parece ser uma coisa tão simples, e a luta é tão grande porque são crianças que, em sociedade é muito difícil, é difícil tu levar em uma pracinha, é difícil tu conviver em uma escola, é difícil tu fazer atividades básicas do dia a dia, tem crianças com restrições severas na alimentação, tem crianças que comem apenas arroz, tem crianças que só comem batata palha”.
Ela explicou que a finalidade do grupo “é se juntar (…) enquanto associação vim dialogar com o Poder Público Municipal, com o Estado, para ver o que podemos trazer de melhorias e, o que podemos fazer para melhorar os atendimentos e a qualidade de vida da comunidade, nós não estamos falando apenas de crianças autistas (…) a gente precisa trazer conscientização para a comunidade (…) a gente precisar fazer com que as pessoas aprendam a lidar com o autista, é muito triste ver o teu filho sendo excluído de uma atividade, é muito difícil tu conseguir emprego para o teu filho, porque nós temos autistas adolescentes, nós temos autistas adultos e temos autistas idosos”.
Conforme explicou Giliane, o transtorno do espectro autista (TEA) é um distúrbio do neurodesenvolvimento caracterizado por desenvolvimento atípico, manifestações comportamentais, déficits na comunicação e na interação social, padrões de comportamentos repetitivos.
Leilane: “A associação é para ajudar umas às outras, porque as vezes uma tem mais experiência que as outras, (…) é uma coisa que a gente não está preparado, quando a gente vê que o nosso filho é diferente e, que os outros enxergam ele diferente, é complicado, isso traz um baque muito grande”.
Giliane destacou a Associação foi criada para lutar por uma sociedade mais inclusiva e acolhedora para todas as pessoas.
Assista entrevista completa: