Agosto Lilás: RAM arrecada alimentos para doar a mulheres vítimas de violência
A iniciativa conta com a parceria do Banco do Brasil; e visa promover a divulgação da Lei Maria da Penha para combater a violência contra mulher
O programa Controle Geral deste sábado (13) recebeu as convidada Ana Beatriz Corleta Castro, coordenado da RAM, Natalia Pagani da Patrulha Maria da Penha e a Kimberly advogada voluntária da RAM, que falaram sobre o Agosto Lilás e destacaram a campanha de recolhimento de alimentos que serão doados aos CRAs.
A coordenadora da Rede de Atenção à Mulher (RAM) salientou que, o Agosto Lilás é alusivo a comemoração do aniversário de sanção da Lei Maria da Penha (nº 11.340/2006), que no ano de 2022 completa 16 anos. O projeto busca promover a divulgação da Lei referia e a conscientização pelo fim da violência contra a mulher.
Dentro do mês de agosto estão ocorrendo diversas atividades, Ana Beatriz, destacou a campanha de recolhimento de alimentos, a mesma conta com a parceria do Banco do Brasil.
Todo o alimento arrecadado durante esta ação serão destinados as mulheres vítimas de violência. As voluntárias da campanha irão organizar os mantimentos em kits e logo após, doados aos CRAs.
A RAM também fechou uma parceria com o Sindilojas e com a ACIC, onde a ação irá espalhar em todo o comercio o número do disque denuncia.
Questionada sobre o número de casos referente a violência contra mulher, Natalia Pagani da Patrulha Maria da Penha destacou que após a criação da Lei, o número de denuncias tem aumentando.
“Está tendo uma crescente de denuncias, denuncias essas que anteriormente feitas, ou por medo de represália, ou por ela não saber a quem recorrer (…) com essa lei [Lei Maria da Penha] a mulher tem a maior segurança que é o primeiro momento que o agressor vai ser afastado dela, ela vai ter uma medida que de essa segurança a ela”, destacou.
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Assista entrevista completa:
Maria da Penha
Nascida em 1945, Maria da Penha é natural do Ceará. Durante o seu casamento com o colombiano Marco Antonio Heredia Viveros, ela sofreu diversas agressões. Em um desses episódios de violência, ela ficou paraplégica. Ao criar coragem para denunciar o agressor, ela esbarrou na falta de apoio legal. Em 1994, Maria da Penha lançou o livro ‘Sobrevivi…posso contar’, onde narra a história do relacionamento abusivo que vivenciou.
A publicação gerou mobilização social e ela decidiu buscar reparação através de entidades internacionais. De acordo com dados do Fundo Brasil, em 2002, a Corte Interamericana de Direitos Humanos condenou o Estado Brasileiro por omissão. Com isso, o Brasil teve que assumir o compromisso de reformular sua legislação sobre violência doméstica e familiar contra a mulher.
