39 cidades do Estado estão em situação de emergência
Ministério da Integração envia ajuda e visita o Estado para acompanhar a situação
O Rio Grande do Sul está sofrendo os efeitos dos extremos do tempo. Por um lado, a chuva da última quarta-feira provocou a saída de casa de famílias na Fronteira Oeste. Por outro, 39 cidades já tiveram situação de emergência reconhecida pela União, devido à estiagem.
Quase 10 mil cestas já foram repassadas pelos governos estadual e federal a 17 cidades. A homologação é o critério para o repasse de ajuda financeira. Os municípios receberam maquinário e verba para combustível e aluguel de caminhões-pipa. O Estado é responsável pelo suporte humanitário, através da Defesa Civil.
A região mais afetada foi a metade sul. Nesta sexta-feira (04), o chefe de divisão do Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos de Desastres, o Cenad, esteve no Rio Grande do Sul para acompanhar as necessidades de apoio. Tiago Schnor explica que o reconhecimento federal vem depois de um plano detalhado de resposta, quando o município prova que não tem capacidade de se recuperar sozinho.
“Nesta etapa a gente tem desde a parte de transferências obrigatórias que envolve repasse de recursos, e também acionamento de atas de registro de preço para diversos tipos de kit. Aqui no Estado foi disponibilizado o kit alimentação mas a gente tem kit de água potável, de limpeza, de assistência social, enfim. Para cada necessidade há um tipo de acionamento que pode ser feito”, explica Schnor.
O chefe de monitoramento do Cenad, que é ligado ao Ministério da Integração Nacional, afirma que outros pedidos de ajuda podem ser feitos e que não é possível precisar qual será o montante repassado, já que a agricultura foi afetada e mais prejuízos ainda poderão ser contabilizados.
“Estamos estimando que vai faltar cerca de 2 milhões de toneladas milho para garantir o abastecimento da agricultura e isso o Rio Grande do Sul vai ter que importar. O preço do milho reagiu mas isso afeta decisivamente a produção de suínos e aves principalmente e vai estourar no consumidor”, afirma.
Em Santana do Livramento, na Fronteira Oeste, as famílias que estavam fora de casa, já retornaram, porém o alerta continua, já que segue chovendo na cidade, os rios continuam com nível acima do normal e a Defesa Civil recebeu novos pedidos de ajuda. As famílias afetadas seguem recebendo doações.
