Estado promete concurso público para professor no RS
Secretário da Educação frisou que, só em 2105, mais de 1,7 mil foram desligados da rede
O secretário estadual da Educação, Vieira da Cunha (PDT), anunciou, hoje, sem dar prazo, que a Pasta projeta realizar concurso público para o magistério no Rio Grande do Sul. Em audiência pública realizada nesta terça-feira na Comissão de Educação, Cultura, Desporto, Ciência e Tecnologia da Assembleia Legislativa, os deputados também contaram com a presença da presidente do Cpers, Helenir Schürer.
A audiência, proposta pelo deputado Adão Villaverde (PT), tinha como objetivo discutir o déficit de professores e demais servidores na rede estadual. A presidente do Cpers criticou a falta de chamamento de professores aprovados no último concurso público, em 2013. Segundo Helenir, dos 13.105 profissionais aprovados, somente 8.087 foram chamados até agora. De acordo com o Cpers, o governo deixou de chamar 5.018 professores, apesar de mais de 9 mil professores trabalharem com contrato emergencial. ”O governo precisa entender que nomear professor é investir em qualidade”, apontou Helenir.
Já o secretário Vieira da Cunha apresentou dados divergentes. Segundo ele, já são 8.172 professores nomeados. Apesar de 4.933 trabalhadores ainda aguardarem chamamento, o secretário apontou que, desse total, mais de 3 mil atendem a educação infantil, que não registra déficit de docentes. O secretário reconheceu, porém, que o banco de professores está fragilizado.
Vieira assegurou que, na semana que vem, vai nomear uma comissão de servidores da Secretaria Estadual da Educação (Seduc) para formular um novo concurso público para os professores. O secretário também afirmou que vai prorrogar o prazo do concurso de 2013, que vence em outubro. Vieira lembrou, ainda, que dos mais de 240 professores que foram chamados na última nomeação, 200 não assumiram. Helenir rebateu dizendo que parte dos professores rejeita a vaga pelo “salário vergonhoso” oferecido pelo Estado. “Temos a pior remuneração do País”, assegurou a presidente do Cpers.
O secretário apresentou que, somente em 2015, 1.730 professores foram desligados em menos de seis meses. Desses, 1.305 se aposentaram. O restante faleceu ou foi exonerado.