Sem proposta apresentada pelos Correios, servidores permanecem em greve no RS
Mutirão ocorreu no fim de semana para colocar correspondências em dia
Após assembleia realizada nesta segunda-feira, em Porto Alegre, os trabalhadores dos Correios ligados à Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect) decidiram permanecer em greve por tempo indeterminado no Rio Grande do Sul. Em todo o Estado, a empresa federal emprega mais de 6 mil pessoas. Até o momento, o governo não enviou proposta de reajuste salarial para a análise dos servidores.
Desde quinta-feira, os servidores cruzaram os braços no Rio Grande do Sul. Até agora, o Correios propuseram reajuste de salário de 3% apenas para os funcionários ligados à Federação Interestadual dos Sindicatos dos Trabalhadores e Trabalhadoras dos Correios (Findect), formada pelos servidores dos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Tocantins e Maranhão. Segundo a entidade, os quatro estados correspondem por 75% do fluxo postal do país e detém cerca de 40% do quadro de funcionários da empresa.
Já no Rio Grande do Sul, devido ao acúmulo de correspondências, um mutirão , com a participação de 980 empregados resultou na entrega de aproximadamente 250 mil correspondências, entre sábado e domingo.
Em nota, os Correios garantem que 87% do efetivo está presente e trabalhando nas 524 agências e 84 centros de distribuição, o que corresponde a 6,4 mil empregados no Rio Grande do Sul. Em contrapartida, a Fentect reitera que 70% do quadro dos servidores aderiram à greve. Os serviços mais afetados são os de triagem de correspondências e distribuição. A maioria dos sindicatos filiados à Fentect, que detém 60% do quadro de funcionários e movimenta cerca de 25% do fluxo postal do país, decidiram entrar em greve na quarta da semana passada.