RS confirma três novos óbitos e maior número de mortes por dengue da história
Os três novos óbitos em decorrência da dengue no Rio Grande do Sul ocorreram nos municípios de Porto Alegre, Ametista do Sul e Parobé
Nesta quarta-feira, 25 de maio, o Rio Grande do Sul confirmou três novos óbitos por dengue e “ampliou” o recorde de mortes pela doença em um único ano. Em 2022, foram 38 mortes pela doença. O recorde anterior, registrado em 2021, era de 11 óbitos.
Em menos de seis meses, o Estado já teve mais do que o triplo de mortes relacionadas à doença. O mesmo acontece no número de casos. No ano passado, foram pouco mais de 10 mil casos confirmados. Em 2022, já foram mais de 30 mil.
Os três novos óbitos em decorrência da dengue no Rio Grande do Sul ocorreram nos municípios de Porto Alegre, Ametista do Sul e Parobé. Os dados estão disponíveis no painel de casos de dengue da Secretaria da Saúde.
De acordo com a Secretaria Estadual da Saúde, existem algumas possíveis explicações para esse aumento expressivo. A pandemia da Covid–19 surge como uma dessas razões.
A responsável pelo Programa de Arboviroroses (tipos de doenças transmitidas por insetos) do Centro de Vigilância Estadual de Saúde (CEVS), Cátia Favreto, acredita que a divisão da atenção dos cuidados em saúde por parte da sociedade pode ter tido um impacto importante:
“A população acabou deixando de lado outras doenças, até pela orientação de não sair de casa. Mas acontece que o mosquito está dentro das nossas casas, dos nossos pátios, nossos terrenos. E a população acabou deixando de fazer essa limpeza básica, que acontecia incentivada pela mídia e pelo poder público. Todas as forças se voltaram para a pandemia covid e o número de mosquitos aumentou significativamente”, disse Cátia em entrevista à GZH.
Primeira suspeita em Camaquã
A cidade de Camaquã monitora o primeiro caso suspeito de dengue em 2022. A informação foi repassada pelo Centro Municipal de Vigilância em Saúde, que monitora os focos do mosquito Aedes aegypti e a transmissão da doença.
Nesta semana, a cidade chegou a 37 focos do mosquito no perímetro urbano, sendo que sete bairros já registraram focos do mosquito transmissor da dengue, da febre amarela e de outras doenças.
Nos últimos dias, foram identificados 14 novos focos de proliferação do Aedes aegypti em Camaquã, sendo eles: 8 focos no Centro, 2 no Olaria, 2 na Viegas, 1 no Centenário e 1 na Vila Nova. Confira o mapa de focos:
Saiba como eliminar o mosquito em casa
Os depósitos preferencias para os ovos são recipientes domiciliares com água parada ou até na parede destes, mesmo quando secos.
Os principais exemplos são pneus, latas, vidros, cacos de garrafa, pratos de vasos, caixas d’água ou outros reservatórios mal tampados, entre outros.
Entre as medidas preventivas que em casa a pessoa pode fazer estão:
– Manter tampada a caixa d’água, assim como tonéis ou latões que estejam expostos à chuva
– Guardar pneus velhos sob abrigos
– Não acumular água em vasos de plantas ou nos pratos onde ficam (cobrir com areia)