Pílula do câncer terá produção no RS
Termo de parceria entre Governo do Estado e USP será assinado nesta quarta-feira
A fosfoetanolamina sintética, conhecida como “pílula do câncer”, será produzida no Rio Grande do Sul. Nesta quarta-feira (18), o Governo do Estado e os pesquisadores do Instituto de Química de São Carlos, da Universidade de São Paulo (USP), responsáveis pelo desenvolvimento da substância, assinarão um termo confirmando a parceria. O acordo prevê que o Estado colabore na pesquisa, desenvolvimento e produção da pílula, e será firmado às 18h, na Assembleia Legislativa. Num primeiro momento, a produção seria exclusivamente para pesquisa. Passado o período de testes, o medicamento será produzido para distribuição pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
A substância é utilizada para tratamento alternativo do câncer e divide opiniões de médicos e especialistas da área de oncologia. O composto não tem registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Em nota, a Academia Brasileira de Ciências alertou para os riscos do consumo da fosfoetanolamina para o tratamento do câncer e recomendou que o produto não seja usado em seres humanos.
Nessa semana, a Justiça Federal concedeu a mais um paciente gaúcho o direito ao tratamento do câncer com a substância. O homem é morador de Arvorezinha e relatou já ter realizado todos os tratamentos possíveis, sem resultados significativos. A USP deve enviar mensalmente, por Sedex, 90 cápsulas ao paciente.