Ministério da Saúde aponta baixo índice de uso de camisinhas
94% da população sabe a importância, mas duas a cada dez ainda não usam preservativos em todas relações sexuais
Pouco mais de duas em cada dez pessoas entre 15 e 64 anos usaram preservativo nas relações sexuais do último ano. É o que aponta uma pesquisa do Ministério da Saúde, a PCAP de 2013. O mais alarmante vem a seguir: essas pessoas sabem da importância do uso da camisinha. 94% da população sabe que este é o melhor meio de prevenção para doenças sexualmente transmissíveis, como a AIDS.
Para Adriano Caetano Costa, consultor da seção de DST AIDS da Secretaria da Educação, é preciso refletir sobre a educação sexual que temos hoje: “Existem as informações, tem internet, tem tudo com uma facilidade maior. Mas a questão é a qualidade da informação. Acredito que é na escola que temos que começar a descontruir estes padrões ou falar de prevenção de forma que não traga somente a questão da biomedicina, mas sim como esse jovem que está descobrindo seu corpo possa lidar”, completou.
Costa ressalta que mais de um milhão de camisinhas são distribuídas anualmente pelo Rio Grande Do Sul de forma gratuita, e defende que insumos como camisinhas femininas e géis lubrificantes devem ficar também mais próximos da população. Mas mesmo que a camisinha seja a melhor forma de prevenção contra a AIDS, Adriano Costa relata que existem outras formas de prevenção e de profilaxia. “Estamos trazendo há anos o assunto prevenção combinada, ou seja, combinar o preservativo com outros métodos de prevenção, como o teste rápido.”
As camisinhas, o teste e as profilaxias estão disponíveis no sistema básico de saúde.
