Laudo revela que 5,5% das amostras tinham níveis de metal acima do permitido na erva-mate
O resultado dos estudos foi divulgado pelo laboratório da Universidade uruguaia (URI)
De um total de 300 amostras examinadas de erva-mate produzida no Rio Grande do Sul, 15 registraram níveis acima do permitido de cádmio e chumbo. O resultado dos estudos foi divulgado na última terça-feira pelo laboratório da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e Missões (URI).
A professora responsável pela pesquisa, Alice Teresa Valduga, esclarece que a quantidade de cádmio permitido na erva-mate é de 0,4 mg/kg e de 0,6 mg/kg de chumbo. Porém, parte das amostras registrou índices acima do permitido pela legislação do Mercosul, confirmou. “Eu posso dizer que 5,66% tiveram os teores de cádmio e chumbo concomitantemente alterados”, resumiu.
Em algumas amostras, o teor de metal de cádmio encontrado chegou a 1 mg/kg, assim como o de chumbo. Porém, na média das 300 amostras, os resultados ficaram na casa dos 0,35 mg/kg e 0,34 mg/kg, respectivamente. A pesquisadora estima que as plantas tenham sido contaminadas em função do adubo utilizado e da qualidade do solo, que pode ter sofrido erosões – o que libera número maior de metais na vegetação.