Estado tem suspeita de microcefalia provocada por zika vírus
Mulher teria sido contaminada no Nordeste no verão passado. Outras duas suspeitas de zika, sem relação com microcefalia, são investigadas no RS
Um bebê com má formação cerebral nascido em Esteio, na Região Metropolitana, pode ser confirmado como o primeiro caso de microcefalia relacionada ao zika vírus no Rio Grande do Sul. Conforme a Prefeitura do município, a mãe da criança viajou ao Nordeste do país no verão passado e relatou sintomas da doença durante a gestação. A mulher e o bebê, já com quatro meses, tiveram atendimento através de plano de saúde privado até agora.
Como a suspeita é de que o vírus tenha sido importado de outra região há vários meses, o risco de novas contaminações pelo zika em Esteio é considerado baixo. Mesmo assim, o município garante que está reforçando o combate ao mosquito Aedes Aegypti, que transmite o novo vírus e a dengue.
A Secretaria Estadual da Saúde também divulgou que está investigando duas suspeitas de contaminação recente por zika em adultos no Estado, ambos possíveis casos importados do vírus, sem relação com microcefalia. Um deles é de uma carioca que teve sintomas ao visitar parentes em Porto Alegre. O segundo se refere a um gaúcho, morador do interior do Estado, que não teve sexo e cidade de residência divulgados até o momento.
As autoridades de saúde ressaltam que os sintomas do zika são muito semelhantes ou até mais leves que os da dengue, e podem ser confundidos com uma gripe comum. A doença causa febre fraca, entre 37,5º e 38,5º, dores no corpo e manchas vermelhas na pele, que iniciam no rosto e podem se espalhar pelo corpo.
Quando um mosquito Aedes Aegypti sadio pica um doente, passa a ser um potencial transmissor do vírus ao picar outras pessoas. Por isso, a principal orientação é eliminar os focos do inseto em locais com água limpa parada. O uso de inseticida e repelente também é recomendado, em especial para mulheres grávidas e qualquer pessoa que viajar a outros estados. O Ministério da Saúde registra 1.761 casos de recém nascidos com microcefalia, provavelmente causada pelo zika, em 14 estados do país. Pernambuco, Paraíba, Bahia e Rio Grande do Norte têm o maior número.
