CEEE e Polícia Civil realizam operação contra furto de energia
Companhia sofreu prejuízo de mais de R$ 200 milhões em 2017 devido a irregularidades em redes elétricas
A Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE) e a Polícia Civil desencadearam uma operação de combate a furtos de energia elétrica na região. A concentração de 16 equipes em veículos da CEEE ocorreu na manhã desta quinta-feira (26), em frente à Prefeitura Municipal.
Serão realizadas 80 fiscalizações em estabelecimentos comerciais, industrias e residências da cidade e região. A operação é coordenada pelo delegado Luciano Peringer, da Delegacia de Repressão aos Crimes contra o Patrimônio das Concessionárias e Serviços (DRCP). A ação tem como objetivo intensificar a campanha “Fez gato, pagou o pato”, da companhia.
Segundo o chefe de serviços comerciais da companhia, Eduardo Guerreiro, 60 pessoas participam da operação. “São seis equipes de Camaquã e dez de Porto Alegre, além de quatro viaturas da Polícia Civil”, explica Eduardo.
Conforme Aurélio Knepper, gerente regional, a CEEE teve prejuízo de mais de R$ 200 milhões em 2017 devido a irregularidades. “Isso representa 17% do faturamento da empresa. São valores que não entram no cofre da companhia e prejudicam nosso trabalho. Em Camaquã, por ano, são mais de R$ 6 milhões que deixam de ser investidos na melhoria das redes”, conta o gerente.
Eduardo afirma que o prejuízo não é somente financeiro, mas também técnico: “No “gato” não há proteção alguma. Tudo está ligado diretamente na rede, sem disjuntor. Além de causar risco de vida a quem pratica, também pode gerar danos às pessoas do entorno.”.
Como denunciar
O Código Penal Brasileiro caracteriza o furto de energia elétrica como crime inafiançável, com tem pena de um a quatro anos de prisão e multa. O gerente regional da CEEE, Aurélio Knepper, orienta para realizar denúncias no site “Fez gato, pagou o pato”.
Aurélio explica que a autodenúncia pode ser realizada também: “É só realizar o cadastro no site, a CEEE vai até o local e regulariza a situação. Caso haja diferença no valor, há a possibilidade de parcelamento”, finaliza.