Ramadã: muçulmanos iniciam festejos com restrições pelo segundo ano consecutivo
A tradição acontecerá entre restrições sanitárias e temores de novas contaminações, principalmente durante as tradicionais refeições festivas de quebra diária do jejum após o pôr do sol
Nesta semana iniciou o mês de jejum do Ramadã, na terça-feira, 13 de abril. Milhões de muçulmanos em todo o mundo, começam o mês de jejum do Ramadã. Mas na pandemia, a forma da tradição mudou um pouco, tendo algumas restrições, como o limite do número de pessoas nas mesquitas, o uso de máscaras e o distanciamento físico.
Em cada país o Ramadã, começa em um dia diferente, podendo ser na terça ou quarta-feira do mês. Além das restrições já citadas, dependendo do país, há restrições sanitárias e temo e temores de novas contaminações, principalmente durante as tradicionais refeições festivas de quebra diária do jejum após o pôr do sol.
O governo autorizou orações noturnas durante o Ramadã, no país com maior população muçulmano do mundo, a Indonésia. Mas a recepção é limitada a 50% de sua capacidade nas mesquitas, com os fiéis tendo que usar máscaras e trazer seu próprio tapete de oração. Em Jacarta, a recentemente renovada mesquita Istiqlal, a maior do sudeste asiático, deu as boas-vindas aos fiéis pela primeira vez na noite de segunda-feira, após um ano de fechamento devido à Covid-19.
Os líderes religiosos pediram aos fiéis que orassem em casa em áreas onde os casos estão aumentando, e várias regiões, incluindo Jacarta, proibiram os encontros diários após o jejum. O governo proibiu as viagens tradicionais para o Eid al-Fitr, que comemora o fim do Ramadã, programado para cerca de 12 de maio deste ano.
Apesar das restrições, o Ramadã está “mais feliz” este ano, observa Mohamad Fathi, morador de Jacarta. “No ano passado, não sentimos a alegria do Ramadã de forma alguma.”
No Egito, onde as lojas exibem as tradicionais lanternas do Ramadã em cores vivas, os moradores do Cairo estavam ocupados segunda-feira com suas últimas compras na véspera do Ramadã, muitas vezes negligenciando o uso de máscaras ou o distanciamento físico.