Tapes terá ato em defesa do governo Bolsonaro neste domingo

Atos devem acontecer em 20 cidades gaúchas, sendo duas delas no Sul do Estado: Tapes e Pelotas

Por Redação/Clic Camaquã Publicado 12/03/2020

Tempo de leitura estimado: 00:00

Com atos previstos para ao menos 20 cidades do Estado, as manifestações do próximo domingo pretendem levar às ruas uma multidão em defesa do governo Jair Bolsonaro, confrontando instituições como o Congresso e o Supremo Tribunal Federal (STF). Em Porto Alegre, a mobilização ocorrerá no Parque Moinhos de Vento, a partir das 15h (veja os demais locais abaixo).

Na Zona Sul do Estado, os destaques vão para as cidades de Tapes e Pelotas, as únicas da região que até o momento tiveram suas manifestações confirmadas. Em Tapes, o evento ocorre na Praça Central Rui Barbosa a partir das 15h. Já em Pelotas, os atos ocorrem no Altar da Pátria, também às 15h.

A manifestação está sendo organizada por políticos ligados ao PSL, à Aliança pelo Brasil, legenda que está sendo criada por Bolsonaro, e por grupos de apoio ao presidente. A exemplo de eventos anteriores, haverá carros de som atravessados na Avenida Goethe, a charanga da Banda Loka Liberal e um revezamento de discursos ao microfone.

A comissão organizadora não divulga os custos com a montagem da estrutura, mas até a tarde de quarta-feira 50 apoiadores haviam doado R$ 7,6 mil por intermédio de uma vaquinha online. Empresários também estariam ajudando na confecção de faixas e cartazes. A proliferação do coronavírus, com dois casos registrados no Rio Grande do Sul, não assusta os organizadores.

— Acho que o coronavírus não é problema. Se fecharem escolas e cancelarem jogos de futebol, daí sim vou me preocupar — diz Paula Cassol, ativista filiada ao PP.

Paula não arrisca uma expectativa de presença do público, mas sustenta que o engajamento da população “está muito alto”. Já o deputado estadual Ruy Irigaray (PSL) fala em até 100 mil pessoas ocupando as duas vias da avenida. Irigaray afirma a que a mobilização popular é crescente no Estado, sobretudo após os conflitos entre governo e Congresso na disputa sobre o controle de R$ 30 bilhões em emendas parlamentares impositivas.

— As emendas são a maior prostituição que existe no Congresso e o motivo para ter tanta gente ineficiente se perpetuando no poder. Ninguém mais aceita esse tipo de coisa — reclama o deputado.

Apesar das críticas ao parlamento e ao STF, os apoiadores negam que os protestos tenham motivações antidemocráticas. Irigaray, contudo, estima que poucos deputados federais ou senadores compareçam, justamente para evitar o ambiente de conflagração e sugerir que prestigiam atos contra o Congresso. Apesar da preocupação, o senador Luis Carlos Heinze (PP) confirmou presença.