“Piso para enfermagem foi demagogia eleitoral”, afirma Van Hattem
Deputado Federal, Marcel Van Hattem afirmou que aprovação do piso para enfermagem foi demagogia eleitoral e que projeto está "engavetado"
A Associação Comercial e Industrial de Camaquã (ACIC) promoveu mais uma de seus tradicionais reuniões almoço e dentre os convidados, esteve o deputado Marcel Van Hattem, do partido Novo. Ele trouxe uma breve fala após a palestra com o pré-candidato do partido ao Governo do Rio Grande do Sul, Ricardo Jobim.
Em sua fala, Marcel falou sobre as diretrizes do seu mandato e da maneira com que o novo se porta no cenário político. Um dos principais destaques foi a fala de Van Hattem em relação ao piso da enfermagem, aprovado na Câmara dos Deputados no começo de maio.
Segundo o deputado, a aprovação foi uma demagogia eleitoral e o piso não tem condição de ser pago pelo Estado. Van Hattem destacou que o projeto foi ‘engavetado’ por Arthur Lira, presidente da Câmara, e que o Governo precisará encontrar uma forma de pagar o que foi prometido.
“É um absurdo o que aconteceu. Falo dos discursos populistas, eleitoreiros, de quem sabe que esse piso não vai sair do papel. [O piso] Não será sancionado pelo Presidente da República enquanto não acharem formas de pagar, e o pessoal aqui aplaudindo. É pura demagogia política em ano eleitoral.”
Confira o discurso realizado em Camaquã:
“Muitos colegas Parlamentares que disseram votar a favor falavam nos bastidores, inclusive sorrindo: “Ah, eu sei que isso aí não vai ser pago, mas eu preciso votar, senão vou apanhar dos enfermeiros nas redes”. Eu votei contra, porque não tenho condição de olhar para um enfermeiro amigo meu e dizer: olha, eu estou te enganando. Eu estou mentindo para você porque quero o teu voto. Foi isso o que aconteceu”, afirmou o deputado durante discurso na Câmara.
O deputado ainda destacou que a aprovação do piso no formato proposto é um “abuso sobre enfermeiros, técnicos de enfermagem, que vivem com salário de fome e trabalham 24 horas por dia, às vezes, até mais”.
Na ACIC, o deputado ainda destacou que o tabelamento dos salários irá provocar desemprego e quebra das instituições de saúde que geram os empregos na área, já que não conseguirão, por absoluta falta de dinheiro, pagar o valor mínimo estabelecido pela lei.
Segundo Marcel, os municípios e estados, por sua vez, dificilmente conseguirão pagar os valores que foram aprovados. “Infelizmente os profissionais da enfermagem estão sendo enganados”, finalizou.
