Relembre caso de jovem assassinado na “Faixa sem Lei” em Camaquã
Talles Djunior Thurow Peter, de 19 anos, foi morto a tiros no dia 17 de fevereiro de 2019. O caso vai a júri nesta quarta-feira (01)
Caso de jovem morto a tiros na “Faixa sem Lei”, na RS 350 vai a júri na quarta-feira (01), ás 9h no Foro de Camaquã. O assassinato de Talles Djunior Thurow Peter, ocorreu em 17 de fevereiro de 2019. O acusado de cometer o crime de homicídio é Michel Garcia Colpes.
Entenda o caso
Talles Djunior Thurow Peter, de 19 anos, foi morto por pelo menos dois disparos de arma de fogo na madrugada de domingo, dia 17 de fevereiro de 2019, na RS-350, no trecho entre a BR-116 e a rótula com a Nestor de Moura Jardim.
De acordo com a Polícia Civil, testemunhas relataram que ouviram um disparo de arma de fogo e viram Talles correndo em direção ao veículo dele perseguido por um homem. A vítima se trancou no veículo e o atirador efetuou seis disparos contra o carro e fugiu do local. Dois tiros atingiram Talles na região do abdômen.
Ele chegou a ser socorrido pelos amigos que o colocaram dentro do próprio carro mas não restiu aos ferimentos e morreu a caminho do hospital. O autor dos disparos não foi reconhecido. As causas do desentendimento estão sendo apurados pela Polícia Civil. Ninguém foi preso até o momento.
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Após uso de atestado falso, acusado de matar jovem camaquense é recapturado:
A Polícia Civil recapturou, no dia 29 de março de 2020, Michel Garcia Colpes, que utilizou um atestado médico falso em um pedido de liberdade feito com base no risco de infecção pelo coronavírus. Ele foi localizado no bairro Cavalhada, zona sul de Porto Alegre. Ele responde por homicídio duplamente qualificado, cometido no ano de 2019, em Camaquã, no sul do Estado. A vítima foi o jovem Talles Djunior Thurow Peter, de 19 anos.
“A investigação monitorou os passos do suspeito durante mais de um mês. Ele estava em constante mudança de endereço, mas conseguimos localizar o veículo utilizado por ele nesta tarde”, comentou o delegado Arthur Raldi, da Delegacia de Capturas do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic).
A Justiça de Camaquã havia concedido prisão domiciliar ao homem no dia 23 de março. No despacho, o juiz afirma que o preso faz parte do grupo de risco por ter diabetes, o que teria sido comprovado através de um atestado médico. O documento, no entanto, era falso.
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A Polícia Civil montou uma força-tarefa para investigar a suspeita de que advogados estariam utilizando atestados falsos em pedidos de soltura. A investigação resultou na prisão do advogado no dia 16 de abril. Ele é suspeito de ter usado um laudo falsificado para obter a revogação da prisão do acusado.
À época, os policiais fizeram buscas em endereços ligados ao advogado, que foi preso em Gravataí, na Região Metropolitana. Na ocasião, a polícia apreendeu cerca de R$ 7 mil em dinheiro, além de três celulares. Segundo o delegado, este permanece preso.
O preso foi levado para a delegacia, e o carro onde ele estava foi apreendido. A polícia aguarda a transferência do homem ao sistema prisional.