Polícia Civil realiza operação contra fraudes em agências de turismo de Camaquã e Dom Feliciano
Alvos foram duas agências de turismo e a residência do proprietário de uma delas
Em uma ação da Decon (Delegacia Especializada na Defesa do Consumidor) do Departamento Estadual de Investigações Criminais, realizada nesta quinta-feira (06), a Polícia Civil apreendeu diversos documentos de fraude envolvendo passagens aéreas. Os policiais civis cumpriram três mandados de busca e apreensão em Dom Feliciano e Camaquã.
Os alvos foram duas agências de turismo e a residência do proprietário de uma delas – um empresário, identificado por M.R, de 36 anos, suspeito de ter cometido vários crimes de estelionato.
De acordo com o titular da Decon, delegado Rafael Liedtke, os crimes de estelionato praticados pelo homem lesaram aproximadamente dez vítimas, a maioria pessoas idosas, uma delas com 88 anos. Segundo as investigações, a fraude consistia em prometer às vítimas passagens aéreas mais baratas do que as encontradas em outras agências, obtendo, com isso, vantagem econômica.
Em um dos casos, o suspeito foi até a sede de uma igreja, em Porto Alegre, onde firmou contrato com 22 pessoas, que viajariam para Israel e Itália. No contrato, se comprometeu a fornecer passagens aéreas, hospedagens completas, guia, custeio com alimentação e passeios. O preço que as vítimas pagaram ultrapassa o montante de R$ 250 mil – cerca de R$ 12 mil por pessoa. No dia da viagem, no entanto, já no aeroporto, as vítimas foram surpreendidas com a inexistência de algumas das passagens aéreas.
Já na viagem, que deveria ser uma peregrinação religiosa aos pontos turísticos desses dois países, outros prejuízos foram sentidos, como a falta de passeios pagos pelos turistas, a ausência de hospedagem nas cidades estrangeiras e o número inferior na emissão de passagens aéreas nas conexões feitas em outros países.
A ação contou com o apoio da Delegacia de Polícia de Dom Feliciano, que desde o início das investigações contribuiu com a oitiva das vítimas e na elucidação dos fatos, de acordo com informações divulgadas pela Polícia Civil. O investigado deve ser indiciado pela prática de diversos crimes de estelionato, cuja a pena máximo é de até cinco anos de reclusão.