Paralisação de caminhoneiros tem baixa adesão no RS
De acordo com representante, a classe concorda nos motivos da mobilização, mas diverge sobre o momento para um ato desta proporção
Nesta segunda-feira, 1º de fevereiro, sindicatos que representam a classe dos caminhoneiros convocaram greves por todo o Brasil. A paralisação da categoria tem como reclamações principais o aumento no preço dos combustíveis e uma série de reivindicações não atendidas após a paralisação de 2018. No Rio Grande do Sul, no entanto, não houve grande adesão da categoria.
Mesmo com a convocação do Conselho Nacional do Transporte Rodoviário de Cargas (CNTRC), foram poucos os pontos com reunião de caminhoneiros. De forma pacífica e tranquila, trabalhadores se reuniram na BR-285, em Ijuí e também na BR-392, em Rio Grande. Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), não há pontos de interrupção de rodovias no Estado.
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De acordo com o jornal Correio do Povo, a região Metropolitana, região dos Vales e Serra Gaúcha não tiveram pontos de paralisação. A realização da greve divide a categoria no Rio Grande do Sul. A classe concorda nos motivos da mobilização, mas diverge sobre o momento para um ato desta proporção.
A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transporte e Logística (CNTTL), uma das entidades que apoia a paralisação, que tem como porta-voz da CNTTL, o caminhoneiro autônomo Carlos Alberto Litti Dahmer, presidente do Sindicato dos Transportadores Autônomos de Carga (Sinditac) de Ijuí, diz que o destino do movimento é incerto.
“Eu sei que a única coisa que posso afirmar, é que o Internacional será campeão. O resto não saberei te dizer”
Além disso, Dahmer acredita que muitos dos colegas de profissão resolveram permanecer em casa e que os caminhões que circularam nesta segunda-feira eram de transportadoras e que as polícias rodoviárias poderiam confirmar isso:
“Tem muito caminhão em casa. Dá para ver a queda do movimento de caminhões nas estradas. O autônomo deixou o caminhão em casa. O que está rodando é transportadora. Aí reduz”
Dahmer afirma que a continuidade do movimento será debatida com o comando nacional da greve, que tem também a participação do Conselho Nacional do Transporte Rodoviário de Cargas (CNTRC).
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Apesar das reinvindicações do movimento, como um reajuste maior na Tabela do Piso Mínimo de Frete e a redução no preço do litro do óleo diesel, a Confederação Nacional dos Caminhoneiros e Transportadores Autônomos de Bens e Cargas (Conftac) se posicionou contrária a uma greve neste momento, assim como a Federação dos Caminhoneiros do Rio Grande do Sul (Fecam/RS).